Um vasto conjunto de material, semelhante aos sistemas de ‘rockets’ que os norte-americanos forneceram, enganou as forças russas, levando-as a desperdiçar mísseis de cruzeiro de longo alcance em alvos falsos.
Segundo apurou o Washington Post junto de altos funcionários norte-americanos e ucranianos e a partir de fotografias consultadas pelo próprio jornal, os iscos ucranianos são feitos de madeira e os drones russos não os conseguem distinguir da artilharia real.
“Quando os drones detetam este material, tratam-nos como um alvo muito importante”, disse um alto funcionário ucraniano, referindo-se às aeronaves remotamente pilotadas. Após algumas semanas, atraíram pelo menos 10 mísseis de cruzeiro Kalibr, com a Ucrânia a expandir a produção das réplicas.
A destruição de réplicas ucranianas pode ter sido parcialmente responsável pela contagem elevada de danos na artilharia ocidental, particularmente nos Himars. “Afirmaram ter atingido mais Himars do que aqueles que enviamos para a Ucrânia”, disse ao jornal um diplomata norte-americano.
Os Himars são creditados por terem impedido o avanço da Rússia a leste e a sul, dando à Ucrânia a capacidade de ataques a 50 milhas de distância, destruindo centenas de alvos russos de alto valor, incluindo linhas de abastecimento, depósitos de armas e centros logísticos e de apoio, dizem os oficiais de defesa dos EUA.
O Pentágono diz ter fornecido 16 Himars à Ucrânia desde o início da guerra. No mês passado, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, ordenou aos seus generais que dessem prioridade à destruição dos sistemas de artilharia de longo alcance.
“Estamos conscientes destas últimas reivindicações do ministro Shoigu, e são manifestamente falsas”, disse no início de agosto Todd Breasseale, porta-voz interino do Pentágono. “Os ucranianos estão a empregar com uma precisão e eficácia devastadoras cada um dos aparelhos que foram entregues”, continuou.
“Se os russos pensarem que atingiram um Himar, irão afirmar que atingiram um Himar”, disse George Barros, um investigador militar do Instituto para o Estudo da Guerra, um think tank de Washington. “As forças russas podem muito bem estar a exagerar as suas avaliações de danos de batalha após terem atingido Himars falsos”.
Os iscos para enganar o adversário já foram usados pelos russos – “maskirovka” -, que na guerra da Ucrânia adquiriram insufláveis que parecem jactos MiG.31 ou os mísseis S-300. As forças jugoslavas de Slobodan Milosevic utilizaram tanques falsos contra as forças da NATO no conflito no Kosovo. Na Segunda Guerra Mundial, os aliados utilizaram equipamentos falsos e sistemas de informação fictícios para orientar mal as forças alemãs antes do ataque na Normandia.
Exército russo não terá bases seguras na Ucrânia
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, disse na terça-feira que as forças russas nos territórios ocupados “não têm nem terão uma única base segura” no país, nenhum “lugar tranquilo”, durante o seu discurso habitual.
“Os nossos defensores vão destruir todos os armazéns, quartéis-generais dos ocupantes, os seus equipamentos, onde quer que estejam”, garantiu, deixando aos invasores as opções de fugir ou de se renderem.
Zelenskyy indicou que os confrontos estão a decorrer em quase toda a linha da frente de guerra e que, apesar dos bombardeamentos russos 24 horas por dia e dos esforços para enviar mercenários, a Ucrânia continua a lutar.
O líder ucraniano referiu que a situação na central nuclear de Zaporíjia continua “extremamente ameaçadora” e que o risco de um desastre de radiação devido às ações russas “não diminui por uma única hora”.
Na terça-feira, Zelenskyy recebeu em Kiev a equipa da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) que vai em missão ao complexo de Zaporíjia.
The @iaeaorg mission headed by the agency’s general director @rafaelmgrossi met with @ZelenskyyUa in #Kyiv. The President of #Ukraine hopes that the mission will get to the #ZaporizhzhiaNPP through security corridors and will do everything “to avoid a global threat.” pic.twitter.com/Y5vjsG7FdZ
— SUSPILNE NEWS 📰 (@suspilne_news) August 30, 2022
No mesmo, o conselheiro presidencial Mykhailo Podolyak acusou a Rússia de bombardear “deliberadamente” as rotas usadas pela missão da AIEA. No Twitter, Podolyak disse que Moscovo está a fazer tudo para “oferecer passagem” através da Crimeia e partes de Lugansk e Donetsk.
🇷🇺 is deliberately shelling corridors for IAEA mission to reach ZNPP. All to offer passage through Crimea/ORDLO. 🇺🇦 position is the same. Access only through controlled territory of 🇺🇦. Nuclear power plant demilitarization. Ru-troops withdrawal. Only ua-personnel at the station.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) August 30, 2022
Isto é uma piada, só pode. Acham que vão ganhar uma guerra contra um potencial nuclear com estratégias mediaveis . O querem mesmo é continuar esta guerra por mais uns tempinhos para poder encher mais os bolsos. Porque financiar a guerra está na moda, mas matar a fome não…
J. Galvao, Fofinha , Skylla, muito bem, o combate a Fome deveria estar na primeira linha das preocupações , mas quando vimos o homem que manda no mundo “António Guterres” a visitar a Ucrânia e no momento estar um navio carregado de cereais no alto Mar a espera que alguém o comprasse !!! e que saibamos ainda hoje ainda nao chegou algum navio carregado de cereais aos paises necessitados, alias nem temos visto noticias de mais navios a zarpar para fora da Ucrânia ??? alguém de fato esta a encher os bolsos.
Não falta muito para Putin bater a bota. Aí terminará a guerra.
J. Galvao, Fofinha , Skylla, muito bem, o combate a Fome deveria estar na primeira linha das preocupações , mas quando vimos o homem que manda no mundo “António Guterres” a visitar a Ucrânia e no momento estar um navio carregado de cereais no alto Mar a espera que alguém o comprasse !!! e que saibamos ainda hoje ainda nao chegou algum navio carregado de cereais aos paises necessitados, alias nem temos visto noticias de mais navios a zarpar para fora da Ucrânia ??? alguém de fato esta a encher os bolsos.
J. Galvao, Fofinho Paulo, Milhares para nao dizer Milhoes de Chefes, Reis; comandantes, Presidentes, bateram a bota e o Mundo continuou a debater-se contra a tirania imposta aos povos, alguns transformados em escravos, sérvios, ou ” lambe Botas ” , as causas foram sempre legitimadas mas nem sempre legitimas , e a vida do Mundo , sempre a girar, portanto se uns baterem a Bota outros estarão na forja para dar continuidade, sendo o tempo apenas um fator residual para a sobrevivência enquanto ca andamos , por isso Fofinho Paulo, nao precisa de ser tao ruinoso.
ahahahahah vives em que planeta tu?
isto é só energumenos a comentar, meu deus…
Quem continua com a guerra são os russos, não são os ucranianos, esses apenas se estão a defender e até agora têm feito um excelente trabalho, estão literalmente a humilhar os russos em toda a linha!
É fácil acabar com uma economia pequenina como a da Rússia que está ao nivel de uma espanha ou italia, mais uns meses de estrangulamento económico e dificilmente se levantam!
Putin tem os dias contados! tic tac tic tac
J. Galvao, Fofinha, Ana Isabel, ficamos preocupados com a sua opinião , então a RUSSIA que !!! ainda é maior em território do que a Europa toda Junta ??? ou nao tem nenhum mapa a sua frente ou nao houve com atençao os cronistas e historiadores, devera ter em conta as poderosas forças militares, sociais. e politicas de sempre e nao ir na onda das ahahahahahah que nao educam ninguém, quanto a guerra será melhor ler ou tomar conhecimento de como tudo começou apos a grande guerra na Europa, e assim ficar mais confortável nas suas opiniões.
O problema pode ser mesmo esse. Um tipo encurralado com acesso a armas nucleares, pode ser perigoso. Lembre-se do desfecho da primeira guerra e que esteve na génese da 2ª guerra mundial. Putin tem de sair bem de tudo isto, a não se que vá desta para melhor. Caso contrário é preciso ter cuidado. Pessoalmente acho que teremos guerra mais uns tempos e depois, EUA e Rússia decidem um qualquer acordo, o qual será impostos aos ucranianos. E estes terão mesmo de o aceitar porque caso contrário, os EUA deixam de fornecer armas. Mas até lá, os EUA vão querem esgotar uma outra alternativa, o arrastamento do conflito até uma eventual deposição interna do Putin. Se tal não suceder, então será negociado um acordo entre EUA e Rússia.
Parece-me uma análise acertada.