Seiscentos bombeiros estavam às 07:45 a combater o incêndio que deflagrou em Castro Marim dificultado pelos ventos fortes e que obrigou à retirada de várias pessoas ao longo da noite por precaução, segundo a proteção civil.
Fonte do comando regional do Algarve disse à Lusa, cerca das 07:45, que o fogo tinha uma frente ativa a sul e um flanco a sudoeste.
“Tal como previsto na segunda-feira, continua o vento forte. Durante a noite foram deslocadas várias pessoas por precaução, não havendo feridos a registar”, disse.
A mesma fonte adiantou que até às 08:30 serão acionados meios aéreos para ajudar a combater o incêndio.
ÀS 07:45, o incêndio, cujo alerta foi dado cerca das 01:00 de segunda-feira, mobilizava 600 operacionais, com o apoio de 205 veículos.
Não sei se vou conseguir adormecer tão cedo. Isto foi as 19h de hoje em Castro Marim perto da Praia verde. Passam bombeiros com as sirenes ligadas de 5 em 5 minutos. pic.twitter.com/IVxbzWTD2Y
— Francisco (@francisco_s30) August 16, 2021
Fonte da proteção civil tinha dito anteriormente à Lusa que tinham sido deslocadas durante a madrugada 58 pessoas para as zonas de apoio à população”, em “povoados dispersos” e em “diferentes pontos do teatro de operações”.
Além destas, “houve mais pessoas que se deslocaram pelos seus próprios meios para casa de familiares e amigos”, acrescentou a fonte do comando regional do Algarve.
Foram criadas duas zonas de apoio à população, no Azinhal, Castro Marim, e em Tavira.
“O incêndio continua ativo e durante a noite foi feito um trabalho de consolidação dos planos e estratégias. O perímetro de incêndio é bastante alargado, as condições de acesso ao local difíceis e o vento é muito forte, o que dificulta as operações. Para esta terça-feira espera-se o mesmo, mas esperamos que o trabalho dê os seus frutos”, disse o comandante Miguel Oliveira, oficial de operações do Comando Nacional de Emergência da Proteção Civil, em declarações à Rádio Observador.
“Para termos ideia, estamos a falar de um incêndio que evolui dois quilómetros por hora, o que representa uma taxa de expansão média de 200 hectares por hora, sendo que nas últimas horas, nas horas subsequentes à reativação, este valor foi o dobro, portanto estamos a falar de um incêndio que evolui com rapidez fulminante”, disse o comandante operacional regional de Faro, Richard Marques.
Na segunda-feira à noite, o fogo já tinha entrado nos concelhos de Tavira e Vila Real de Santo António, sendo a prioridade dos bombeiros travar a expansão a sul, onde existe mais população.
Impresionante la columna de humo del incendio de Castro Marim q se veía esta tarde desde Isla Canela @tiempobrasero pic.twitter.com/UTjzOcysfU
— Adu (@Envygest) August 16, 2021
O incêndio deflagrou à 01:05 de segunda-feira e chegou a ser dado como dominado pelas 10:20, mas o “quadro meteorológico severo”, com altas temperaturas e vento, estiveram na origem de uma “reativação muito forte, em pleno período crítico do dia, junto à cabeça/flanco direito do incêndio original, e este ficou rapidamente fora da capacidade de extinção”, explicou o comandante operacional regional de Faro, Richard Marques.
O fogo obrigou na segunda-feira a cortar a A22 entre os nós de Castro Marim e Altura, assim como a Estrada Nacional 125, entre Conceição de Tavira e Vila Nova de Cacela.
A EN 125 foi entretanto reaberta, às 22:37, continuando no entanto com circulação “condicionada”, devido à passagem dos meios de combate ao fogo, segundo o comando regional do Algarve, mantendo-se a A22 encerrada.
Pelas 11:00, as autoridades farão um novo ponto da situação, no Azinhal, no concelho de Castro Marim.
O presidente da Câmara da Castro Marim salientou que o mais importante agora é “defender as populações”.
“Estão aqui no Azinhal, mas há prejuízos enormes, estamos a falar de centenas de hectares que arderam, alfarrobeiras, amendoeiras, pinheiros, pessoas que se dedicavam à apicultura, também, e que viram os seus bens desaparecer de um momento para outro”, lamentou Francisco Amaral, em declarações à Lusa.
“O vento está a mudar de direção frequentemente e não se sabe quais são as outras povoações que podem ser atingidas. Há que fazer opções e, neste momento, a preocupação dos bombeiros é exatamente as populações e também isto poder chegar ali à mata de Santa Rita, uma mata nacional, e essa é uma preocupação dos bombeiros”, acrescentou.
ZAP // Lusa
Esta situação dos incêndios tem-se revelado ano após ano a imagem de um SNPC sem qualquer capacidade de organização e muito menos de intervenção. São muitos meios humanos e equipamentos afetos a uma instituição que não serve para nada. Nada! Ao longo dos últimos 5, 6 ou 7 anos deu para perceber que os meios aéreos só por sí, não resolvem quase nada. Consomem dinheiro, mas não apagam os fogos. Falta a necessária coordenação de meios, aéreos e terrestres e planear as frentes onde devem intervir de forma coordenada e eficaz. Mas os coitados dos “gajos” e “gajas” desta proteção civil, promovidas pelo palavreado barato que produziram nos incêndios de 2017, que não percebem nada, nada de fogos! Nem conhecem o terreno, nem como devem os recursos ser afetos por forma a atuar com alguma eficácia! Uma tristeza! Arde tudo! Arde principalmente o nosso dinheiro de forma tão displicente! Falam em teatro de operações, como se fosse uma “coisa” do outro mundo! Melhor comecem a falar do TEATRO QUE SÂO OS PROTAGONISTAS (EXCEPÇÃO AOS BOMBEIROS), AS OPERAÇÔES E A FORMA COMO AS CONDUZEM!!!!!!!!!!
Mais um expert de Facebook…