“Cancelar uma faixa etária é o supra-sumo de uma sociedade podre”, sublinha uma educadora. Eis o “adulto-centrismo”.
“Tu não podes entrar!”
“Já paraste para pensar porque é que, em pleno século XXI, há locais que proíbem a entrada dos nossos filhos e das nossas filhas?”.
É uma “discriminação” das crianças e dos adolescentes que “avança como uma sombra na nossa sociedade”.
“E o pior de tudo é que normalizámos isso, perpetuando uma violência silenciosa contra as crianças e contra os adolescentes”.
Estas são frases da educadora Tania García, nesta terça-feira, que recordou no Instagram uma entrevista que a própria deu sobre a niñofobia, ou “fobia das crianças”.
Nessa conversa com o portal 20 minutos, Tania explicou que a niñofobia é uma forma de discriminação que rejeita socialmente as crianças.
É uma “pequena parte da violência” contra crianças e adolescentes. Está inserida em algo mais global: o “adulto-centrismo”, a crença “social e sistemática em que os adultos têm poder sobre as crianças e adolescentes”.
E, nessa sequência, esses adultos “administram e manipulam as dinâmicas sociais à sua mercê, levando crianças e adolescentes a um total desconhecimento dos seus direitos”.
Tania explica que esses adultos evitam situações em que se possam cruzar com crianças “porque os incomodam, sentem desconforto ou ansiedade” nesses momentos. Normalmente são adultos com “zero empatia” pelas necessidades das crianças. E mostram sinais de violência junto às crianças.
Numa sociedade “adulto-cêntrica”, este método passou a ser normalizado. E reforça que é uma “discriminação” não deixar entrar crianças em alguns espaços.
“Faz parte do adulto-centrismo. É uma violência estrutural para com crianças e adolescentes. As necessidades dos adultos ficam acima das necessidades das crianças. É dado como certo que as crianças não devem estar presentes em locais que os adultos decidiram que elas não deveriam estar. Não por razões de segurança – mas sim porque as crianças incomodam os adultos”.
“Essas restrições não apenas perpetuam o preconceito e o estigma, mas também criam exclusão social. Além disso, vão contra os direitos humanos”.
“Cancelar uma faixa etária é o supra-sumo de uma sociedade podre”, sublinha a educadora.
Tema importante, porém faltou exemplos…
Quem quer ter crianças, que as tenha e cuide das mesmas – algo que nem sempre acontece.
Será que todas as pessoas querem ser incomodadas pelos filhos dos outros quando estão a jantar (por exemplo) onde os mesmos não se sabem comportar (que grande parte das vezes advêm da parca educação por parte dos progenitores; ainda que não 100%)?
Simplesmente não faz qualquer sentido. E já agora, que locais se refere, especificamente, este artigo?
Mais uma personagem convencida que é a dona da razão!
Mas então as pessoas não têm o direito de frequentar locais destinados a tranquilidade, sem ter crianças a brincar por perto?
Ela imaginará por exemplo, um retiro criado especialmente para adultos, que querem estar em modo Zen, a levar com crianças?
Pior mesmo, é levar as crianças para locais onde elas não possam brincar a vontade…
Toda a gente tem os seus direitos!!!
Ps: já sou Avô…
Esta iluminada não percebeu que as pessoas não têm fobia as crianças, têm fobia a crianças mal educadas que cresce exponencialmente no sécº XXI, fruto da má qualidade dos pais e de teorias em que as crianças são o centro do mundo e qualquer repressão é uma agressão.
Pela primeira vez desde que faço aqui comentários, estou de acordo com todos os comentadores que me precederam.
O que é ridículo é aceitar-se como facto absoluto e consensual que as crianças estão primeiro do que os adultos, que têm precedência e prioridade.
Se ao menos esse conceito fosse aplicado aos idosos, ainda fazia sentido.
Ora, vamos la ver umas coisas:
1. O Artigo do ZAP nao fala de quais lugares, o original do 20 minutos fala que, em Espanha, a maioria são bares, restaurantes, piscinas, hoteis, SPAs entre outros.
2. O empresário dono do seu estabelecimento tem o direito de definir quem ele vai receber, quem nunca entrou em um restaurante onde na porta esta escrito “reserva-se o direito de admissão”?
3. Acredito que seria muito menos discriminativo se fosse usado a expressao acima <> e elucidar os pais de uma serie de regras/normas/conduta a ter com os seus filhos do que proibir por completo, mas tambem tenho que concordar que tem muita criança mal educada, muito pai mal educado e que não estao minimamente se importando com o incomodo que os filhos causam.
4. o problema deste mundo é a falta de temperança, nao se pode ser nem 100% liberal nem 100% conservador.