Ucrânia: o fim da guerra está mais próximo

Roman Pilipey / EPA

Mykhailo Podolyak avisa que a Ucrânia vai libertar os territórios ocupados pela Rússia, no contra-ataque em larga escala. Mas não vai ser anunciado.

A guerra na Ucrânia começou há mais de um ano mas, mesmo com o tempo a passar e com as fases distintas que vão aparecendo e desaparecendo, não se prevê um desfecho para breve.

No entanto, o fim da guerra vai ficar muito mais próximo, de acordo com Mykhailo Podolyak, assessor do chefe de gabinete do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy.

Esse foi o destaque da entrevista de Podolyak ao Canal 24, transmitida nesta terça-feira.

O responsável de Kiev acredita no desfecho devido ao contra-ataque tão falado que a Ucrânia vai realizar.

Mykhailo Podolyak avisou que a Ucrânia vai libertar os territórios ocupados pela Rússia, no contra-ataque em larga escala.

“Uma contra-ofensiva não é apenas uma operação militar abstracta. É uma questão de justiça. Sem uma contra-ofensiva, não obteremos os resultados que devem acabar com esta guerra“, sublinhou Podolyak.

O assessor do Governo não anunciou, nem vai anunciar, a data da contra-ofensiva militar. Nem é suposto ser anunciada, devido à estratégia e ao efeito-surpresa.

Nesse contexto, assegurou que a revelação de alegados documentos dos EUA e da NATO sobre a Ucrânia são falsos: “Não há documentos sobre direcções específicas. Hoje estamos apenas a trabalhar nisso, com base em quais recursos e em que momento iremos realizar determinadas acções”.

Já no canal Espreso, o especialista militar Roman Svitan disse que, se a Ucrânia receber o apoio necessário a tempo, vai recuperar a Crimeia até ao Outono deste ano.

“Em termos de perspectivas da nossa contra-ofensiva, a ponte da Crimeia, através da qual os russos transferem equipamentos, pode ser destruída muito rapidamente. Por ar e por mar, os russos não poderão fornecer quantidades suficientes de equipamentos e munições para a defesa da Crimeia”, descreveu.

No seu discurso diário habitual, Volodymyr Zelenskyy falou de forma emocionada aos ucranianos.

Admitiu que, comparando com o cenário de há um ano, agora “muitos lugares são mais tranquilos. Mas isso não significa que seja possível ignorar a guerra, seja onde for, ou estar menos focado em ajudar o Estado. Não é hora de descansar sobre os louros”, avisou o presidente da Ucrânia.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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