As praias gregas estavam a ficar com uma “praga” de espreguiçadeiras. Mas uma aplicação e drones mudaram esse cenário.
Há quase um ano, chamámos a atenção para o que estava a acontecer na Grécia. Mais concretamente, em praias da Grécia.
As pessoas estavam a ter dificuldade em algo muito básico: encontrar um lugar na areia para estender uma toalha.
Apareceu uma “praga”, as espreguiçadeiras. O aluguer tornou-se uma moda nas praias gregas – cada uma podia chegar aos 120 euros por dia – e, em algumas regiões turísticas da Grécia, quem não alugasse uma espreguiçadeira nem tinha autorização para ir à praia.
O espaço vazio nas praias gregas era raro.
Mas, um ano depois, o que é raro é encontrar uma praia grega repleta de espreguiçadeiras.
Já na altura, os gregos começaram a protestar contra esta tendência, contra a privatização ilegal de praias, na luta por manter as praias abertas a todos; num movimento classificado como a “revolta da toalha de praia“.
Houve manifestações que, entretanto, tiveram resultado: há drones e uma aplicação de denúncias para combater essa sobrelotação de espreguiçadeiras.
O canal Euronews relata que há patrulhas de drones a controlar a situação e que há regras mais apertadas para restaurantes, os bares e empresas de aluguer de espreguiçadeiras.
A nova lei, que está em vigor há quatro meses, indica que as praias gregas devem ser agora 70% livres de espreguiçadeiras; ou 85% nas praias em zonas protegidas. Impede por exemplo que haja uma espreguiçadeira ou um guarda-sol em praias com menos de quatro metros de largura.
E, para ajudar os drones a localizar ilegalidades, foi criada uma aplicação que denuncia os locais onde há infracções. Em cinco dias, mais de 1.000 queixas foram apresentadas, originando mais de 350 mil euros em multas.
14 praias gregas foram os alvos das inspecções mais recentes. Entre elas: Kryoneri, Valtos, Lagonisi, Nea Heraklia, Klima, Masouri, Corfu e Rhodestambém.
A coima mais elevada foi de 220 mil euros, na praia de Thymari, em Anavyssos.