Os investigadores da Meta desenvolveram uma pulseira que traduz os gestos da mão em comandos, para interagir com um computador – desde o movimento de um cursor, até a transcrição da sua caligrafia no ar para texto.
Fim do rato e do teclado? Uma nova pulseira da Meta vem tornar os atuais dispositivos pessoais muito mais acessíveis, principalmente para pessoas com mobilidade reduzida ou fraqueza muscular.
Mas o melhor é que qualquer pessoa pode passar a controlar os seus aparelhos sem esforço.
Num artigo publicado esta semana na Nature, a equipa da Reality Labs descreveu o seu sEMG-RD (dispositivo de investigação de eletromiografia de superfície), que utiliza sensores para traduzir os sinais elétricos dos nervos motores que viajam através do pulso até à mão em comandos digitais que podem ser utilizados para controlar um dispositivo ligado.
Esses sinais são o cérebro a dizer à mão para executar ações que decidimos realizar, pelo que podemos pensar neles como instruções intencionais.
Como explica a New Atlas, a Meta começoy a trabalhar nisto há anos. Em 2021, a empresa tinha o protótipo de um dispositivo de controlo de gestos baseado em eletromiografia. A Meta estava interessada em desenvolver essa tecnologia para aprimorar as interações em experiências de realidade aumentada e, inicialmente, visava permitir interações simples, como replicar um único clique do mouse.
Mas a nova tecnologia sEMG-RD vai muito mais longe. Permitirá não só controlar um cursor no ecrã num modo unidirecional (como um ponteiro laser), mas também navegar através de uma interface e selecionar itens utilizando toques com os dedos, deslizes e toques com o polegar.
Além disso, pode introduzir texto imitando a escrita manual a uma velocidade de 20,9 palavras por minuto.
A equipa acredita que esta tecnologia pode ser desenvolvida para detetar diretamente a força pretendida de um gesto e ser utilizada em controlos mais subtis para câmaras e joysticks. Poderá também reduzir os já pequenos esforços físicos necessários para operar telemóveis e outros dispositivos digitais.