Filho de um faraó, assassinou o pai e matou-se. A horrível história da “Múmia que Grita”

Ministério Egípcio das Antiguidades

A Múmia Que Grita

Todos adoram uma boa história com múmias, mas uma da mais fascinantes é a do “Homem Desconhecido E” — mais conhecido como a “Múmia Que Grita”.

A “Múmia Que Grita”, uma das mais enigmáticas da história, ganhou esta alcunha por ter ficado imortalizada com uma expressão que se assemelha a um grito angustiante.

Descoberta em 2012, em Deir el-Bahri, no Egito, a múmia foi designada como “Homem Desconhecido E”. Desde a sua descoberta que intriga arqueólogos e egiptólogos de todo o mundo.

Uma combinação de fatores invulgares, como estar envolta em pele de ovelha impura e a sua mumificação não ter sido totalmente realizada, diferenciou esta múmia de todas até agora encontrada em sepulturas egípcias.

Em 2018, análises de DNA revelaram semelhanças entre a “Múmia Que Grita” e o faraó Ramsés III, que apontavam para uma relação familiar direta. O “Homem Desconhecido E” foi assim identificado como sendo o príncipe Pentawere, filho de Ramses III e de uma rainha menor, chamada Tiye.

Segundo relatos os históricos da época, Pentawere e a mãe montaram uma conspiração para assassinar Ramsés III e colocar no trono o jovem príncipe. No entanto, o plano foi descoberto, levando Pentawere à desgraça e ao seu suicídio.

Os detalhes da conspiração, que se encontram registados no Papiro Real de Turim, incluem as figuras-chave envolvidas no plano, entre as quais Pebekkamen, Mesedsure e Peyes, então personagens influentes da corte de Ramsés III.

Embora o plano de Pentawere e da mãe tenha sido frustrado, a múmia de Ramsés III apresentava um corte profundo na garganta, sugerindo que a tentativa de assassinato terá sido parcialmente bem-sucedida.

O esgar da “Múmia que Grita”, inicialmente atribuído a uma dor extrema ou trauma, terá na realidade ocorrido naturalmente após a morte: à medida que a mandíbula relaxava, foi-se abrindo, resultando na sua expressão característica. Fenómenos semelhantes, recorda o Live Science, foram notados em múmias em todo o mundo.

Embora a identidade da Múmia Que Grita não seja totalmente consensual,a  sua aparência arrepiante continua a intrigar a comunidade científica e o público em geral.

Após a revolução egípcia de 2011, muitos artefactos foram perdidos ou danificados. Mas a Múmia Que Grita, que foi deixada intacta pelos saqueadores, tornou-se uma das mais procuradas do Museu Egípcio no Cairo, onde atrai anualmente mais de 20.000 visitantes.

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