Antónia Adelaide Ferreira, carinhosamente conhecida como Ferreirinha, é o nome mais importante da história da indústria vitivinícola portuguesa.
A história do vale do Douro na indústria vinícola tem centenas de anos e descobertas em sítios arqueológicos mostram que a arte de fazer vinho já era uma prática comum. Séculos depois, tornou-se a primeira região vitivinícola regulamentada do mundo, que em 1756 foi demarcada para a criação de vinho do Porto.
Apesar do território reduzido, comparativamente com outros países, Portugal tem 14 regiões de produção de vinho e um número diversificado de Denominações de Origem Protegida e terroirs com características únicas.
Segundo o Clube de Vinhos Portugueses, até 2018, Portugal era o 10.º maior produtor de vinho do mundo, atrás de França, Itália, Espanha, EUA, Argentina, Austrália, Alemanha, África do Sul e Chile.
Apesar do enorme sucesso que agora a indústria vive, há menos de 200 anos, esteve muito perto da extinção. Num negócio historicamente hostil para as mulheres, uma empresária não só persistiu, como também sustentou toda a indústria, escreve o portal OZY.
É ela D. Antónia Adelaide Ferreira, carinhosamente conhecida por Ferreirinha. Nascida no Peso da Régua, em 1811, ficou conhecida por se dedicar ao cultivo do vinho do Porto e pelas notáveis inovações que introduziu.
Antónia Adelaide Ferreira lutou contra a falta de apoios dos sucessivos governos, mais interessados em comprar vinhos espanhóis.
“Ela teve que reunir todas as suas forças para competir num mundo liderado por homens”, diz a historiadora Natália Fauvrelle, coordenadora do Museu do Douro, no Peso da Régua. “Não podemos dizer que ela nasceu com uma inclinação para fazer tudo isto. A sua vida fê-la ser assim”.
O pai, José Bernardo Ferreira casou-a com um primo, mas este não se interessou pela cultura da família e esbanjou grande parte da fortuna.
Dez anos depois do casamento, o seu marido morreu e Ferreirinha vendeu os seus bens mais extravagantes, liquidou as suas dívidas e aventurou-se na indústria vitivinícola.
“Tinha um sentido de gestão invulgar para o seu tempo”, diz o professor universitário Gaspar Martins Pereira, que escreveu a biografia “Dona Antónia”.
Com apenas 33 anos, Ferreirinha enfrentou os exportadores de vinho ingleses que se instalaram no Porto. E debateu-se com o maior desafio da época para a indústria do vinho: a filoxera.
Quando o inseto surgiu na Europa, vindo dos Estados Unidos, devastou vinhas completas. Na década de 1870, as vinhas da região do Douro estavam maioritariamente destruídas e os seus proprietários arruinados financeiramente.
Dona Antónia mudou-se para Inglaterra para tentar perceber mais sobre os meios modernos e eficazes de combate a esta peste, bem como processos mais sofisticados de produção do vinho.
A jovem empreendedora decidiu implementar novas formas de proteção das plantações do Douro através de técnicas de enxertia importadas de outros países.
Antónia Adelaide Ferreira morreu no dia 26 de março de 1896 como a mulher mais rica de Portugal. Não só amealhou uma enorme fortuna, como também enriqueceu a região do Douro — e ficou com o seu nome escrito nos anais da História portuguesa.
Embora excelente, o vinho português não é só do Douro!…
E se calhar algum do Douro também não é de lá…
Já, em tempos, li a história desta Grande Senhora e presto a minha homenagem, se fosse uma mulher de hoje já tinha todas as condecorações, por muitíssimo menos e sem honra têm sido atribuídas demasiadas condecorações.
Em sua honra, acabo de beber um cálice de Porto Ferreira! Que mulher extraordinária que potenciou e deu nova vida aos sucalcos do Douro. Dª Ferreirinha será eterna.
Será que esta senhora já bebia o seu copito de Barca Velha?
Foi ela que introduziu a enxertia em bacelo americano, para combater a filoxera.Que mulher extraordinária!
220 anos remonta a 1802… se nasceu em 1811 é de considerar um milagre passível de canonização! Só falta dizer que foi a nado até Inglaterra!
O vinho Madeira está no mesmo patamar que o do porto eu penso que é melhor , para produzir o vinho Madeira custa o dobro que o vinho do porto.
Uma estória extraordinária, digna de um argumento para romance, uma novela, um filme….
É lamentável como ainda há certos comentadores Arrogantes que gostam de Manipular e contrariar os bons comentários muito positivos dessa grande Senhora Dona Antonia Ferreira(Ferreirinha) que tanto fez pela Região do Douro! Mas parece que esses Arrogantes do bota Abaixo não entenderam o Comentário!! Essa Senhora Nasçeu no Pêso da Regua! Era uma Duriense que trabalhou pela Região do Douro e Pelos Durienses e pelo Vinho do Douro!! Repito ! Pela Região do Douro! E esses Vinhos são Do Douro! Tanto o chamado( Porto) Generoso do Douro e Vinhos de Mesa. VIVA O DOURO! E abaixo os Invejosos.
Orgulho do Douro!