Jennifer Lopez e Oprah Winfrey não são iguais aos eleitores latinos e negros. A questão da política colectivista e identitária.
“As pessoas estão a perguntar: como é que este idiota ganhou? E a pergunta certa é: como é que a gente perdeu contra este idiota?“.
Donald Trump venceu as eleições presidenciais nos Estados Unidos da América, há praticamente uma semana, e ainda se analisa, não tanto porque o Partido Republicano venceu, mas mais porque o Partido Democrata perdeu.
Já destacámos uma frase da derrotada Kamala Harris durante a campanha eleitoral que, quando lhe perguntaram sobre o que faria diferente do ainda presidente Joe Biden, a candidata do Partido Democrata atrapalhou-se e admitiu: “Não me vem nada à cabeça“.
Mas há outra visão forte. Logo no dia seguinte às eleições, enquanto ainda se contavam os votos, João Cotrim Figueiredo (eurodeputado da IL) avisou que os Democratas falharam porque pensavam que todas as mulheres iam votar em Kamala por ser mulher, ou que todos os afro-americanos iam votar na mesma candidata porque é afro-americana.
“É uma derrota da política colectivista e identitária relativamente ao seu próprio eleitorado. Não funcionou esta visão da sociedade em que os votos pertencem a quem representa os grupos dos eleitores. Cada pessoa é dona do seu voto“, avisou Cotrim.
Ricardo Araújo Pereira concorda plenamente – é ele sim, e não Cotrim, o autor das palavras do primeiro parágrafo deste artigo.
O comentador recorda na SIC Notícias que Donald Trump conseguiu mais votos dos eleitores latinos, das mulheres, dos jovens, da classe trabalhadora e dos não-brancos.
“Então a pergunta é: quem é que o Partido Democrata está a representar? Esta ideia de ‘eu quero ver uma pessoa igual a mim porque só pessoas iguais a mim é que me representam”…comigo não funciona“.
Neste contexto, Ricardo reforça: “O Trump é igual a mim: homem, heterossexual e branco. Mas não me representa. Algum negro ou latino olha para a Oprah e para a Jennifer Lopez no palco dos comícios Democratas e diz assim ‘estão aqui duas pessoas iguais a mim’? Há milhões de pormenores que distinguem o eleitor daquelas pessoas que ali estão”.
E depois a comparação no mundo automóvel: “Quando passa um Ferrari amarelo por mim, eu não digo que é igual ao meu – porque tenho um Fiat amarelo. É italiano também, é da mesma cor, mas não é igual ao meu”.
A revista Vox deixa outra perspectiva: Kamala Harris perdeu porque herdou uma situação difícil da administração Biden – e, em última análise, não conseguiu superá-la.
Neste grupo de problemas entram: a crise global que começou por causa da COVID-19, a fraca popularidade de Biden, a política externa (sobretudo em Gaza) e o facto de Kamala ser vice-presidente e estar inserida de forma tão evidente na presidência de Joe Biden.
Quando a esquerda decide abandonar a classe trabalhadora em prol de grupos identitários (mulheres, negros, lgbt, etc.), a classe trabalhadora abandona a esquerda.
É assim nos EUA e é assim em vários países europeus.
As pessoas estão a perguntar como é que este idiota ganhou?
Ou será que os aziados e verdadeiramente intolerantes da esquerda woke e liberal estarão, antes ,a perguntar-se porque motivo não conseguimos convencer mais idiotas, primeiro a votarem numa pessoa demente e, depois, a votarem numa anormal que nao consegue articular uma frase com sentido?
E a CS que mama à custa desses governos (lá, cá, e por toda a europa) transcreve frases de humoristas e politicos caviar, mas só a meio do artigo esclarece a citação. Colaboram intencionalmente na difamação e assassinato de carácter dos adversários .
Vá lá, decidam se é com mel a ajudar ou à bruta, mas vão ter de engolir, temos pena!