Trump vai ser presidente dos EUA. “Este país nunca viu nada assim”

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Cristobal Herrera-Ulashkevich/EPA

Donald Trump anunciado presidente dos EUA

Desde as primeiras horas que o vermelho dominou o mapa eleitoral. As projecções anunciam: Donald Trump eleito presidente.

Donald Trump vai ser novamente presidente dos Estados Unidos da América.

Os resultados finais das eleições presidenciais desta terça-feira ainda não são oficiais, à hora da elaboração deste artigo, mas só um “milagre” colocaria Kamala Harris na Casa Branca.

Desde as primeiras horas que o vermelho (do Partido Republicano) dominou o mapa eleitoral, sobretudo na Costa Leste. Mais tarde, estados-chave como a Carolina do Norte, Geórgia e essencialmente a Pensilvânia foram declarados para o lado republicano, mesmo enquanto ainda se contam os – muitos – milhões de votos.

A FOX News foi a primeira a anunciar: Trump vai voltar a ser presidente dos EUA, apontando já 277 votos eleitorais garantidos, quando são precisos 270 para garantir a vitória.

Diversas projecções, como a da Reuters, da Associated Press ou da CNN, colocam Donald Trump com 266 ou 267 votos eleitorais. E ainda lidera em estados-chave como Michigan e Wisconsin.

Foi precisamente o Wisconsin (10 votos eleitorais) que, horas depois, confirmou a vitória de Donald Trump em todas as principais projecções.

Kamala Harris tinha apenas pouco mais de 200 votos eleitorais e precisava de ganhar em todos os Estados para dar a volta ao resultado global. Daí o “milagre” necessário para o Partido Democrata vencer.

Nesta altura, Donald Trump tem perto de 51% dos votos, enquanto Kamala fica com 47%. São mais de 5 milhões de votos a separar os dois candidatos, quando ainda falta fechar a contagem em 7 Estados.

O Senado também foi ganho pelo Partido Republicano. A derrota dos democratas em Virgínia Ocidental e Ohio foi essencial.

A Câmara dos Representantes ainda não está fechada, mas também aqui os republicanos lideram com cerca de 200 representantes contra 180 dos democratas.

Festa e silêncio

Foi uma noite em que Donald Trump superou as expectativas de muita gente, de muitos analistas.

O candidato já declarou triunfo e atirou: “É uma vitória política nunca vista no nosso país. Acredito que este foi o maior movimento político de sempre. Este país nunca viu nada assim e provavelmente fora deste país também não”.

“Vamos ajudar o nosso país a curar-se. O país precisa de ajuda. Esta vai ser a primeira verdadeira era dourada da América”, continuou o empresário em frente a milhares de apoiantes, no Centro de Convenções de Palm Beach, Florida.

A contagem dos estados-chave ainda ia a meio e já havia algumas dezenas de eleitores republicanos em festa junto à Trump Tower, em Nova Iorque.

Kamala Harris não falou, nem vai falar nestas primeiras horas pós-eleições, anunciou um dos seus coordenadores de campanha.

Marcelo e Montenegro

Marcelo Rebelo de Sousa já deu os parabéns a Donald Trump. Numa mensagem no site da Presidência, recorda que Portugal “foi o primeiro país neutral a reconhecer a independência dos EUA, a importância da Comunidade Portuguesa neste país, bem como a colaboração durante o seu primeiro mandato, nomeadamente a reunião na Casa Branca em 2018 e durante a pandemia”.

O presidente da República deseja felicidades no novo mandato, “na afirmação da relação transatlântica, da Democracia e os Direitos Humanos, a construção da Paz e do Progresso sustentáveis”.

Luís Montenegro escreveu: “Estou empenhado em trabalharmos em colaboração estreita, no espírito da longa e sólida relação entre Portugal e os Estados Unidos, a nível bilateral, da NATO e multilateral”, indicou o primeiro-ministro português no X.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia também já reagiu e lembrou que UE e EUA são “mais do que simples aliados”, estão “ligados por uma verdadeira parceria entre os povos”. “Trabalharemos juntos em uma agenda transatlântica forte e que continue a dar resultados”, disse Von der Leyen.

Donald Trump é o primeiro presidente a conseguir um regresso ao poder. Venceu em 2016, perdeu em 2020, venceu em 2024. Grover Cleveland tinha sido o último presidente com dois mandatos não consecutivos, ainda no século XIX.

(artigo actualizado)

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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6 Comments

  1. Mas que grande cabazada, agora vamos ver se o Presidente Trump será ou não nomeado Presidente dos Estados Unidos da América (EUA).

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  2. Notícia maravilhosa, sobretudo a nível da paz mundial e das tensões geopolíticas alimentadas ativamente por um complexo militar descontrolado e pelas políticas grosseiramente ineficazes do desorientado partido Democrata. É. na realidade, tempo de “give peace a chance”… Mr. (John) Trump! 😉

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  3. Sou de esquerda, mas estou farto de uma esquerda (?) que só se interessa por questões fracturantes muito secundárias, como as tretas sobre transsexuais, casas de banho e balneários para os ditos, etc. O Trump é um tosco mas foi eleito porque os americanos também estão fartos dessa esquerda aberrante e anti-democrática. O que isso vai fazer ao mundo, não sei. Mas talvez comece por tirar o tapete ao aldrabão do Zelensky pondo um fim à matança desnecessária na Ucrânia. A ver vamos…

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