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FC Porto admite pagamento de dívida ao Estoril antes do jogo

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José Coelho / LUSA

Francisco J. Marques, diretor de Comunicação do FC Porto, durante a apresentação do livro “O Polvo Encarnado”

O diretor de comunicação do FC Porto admitiu, esta quinta-feira, uma transferência de 784 mil euros para a SAD do Estoril, uma semana antes da segunda parte do jogo com os estorilistas, da I Liga de futebol.

“A 14 de fevereiro houve uma transferência do FC Porto para o Estoril de 784 mil euros. Nesse dia, tivemos dinheiro depois do jogo com o Liverpool e pagámos também a outros clubes”, disse Francisco J. Marques, no programa Universo Porto.

O diretor de comunicação dos dragões acrescentou que, “no caso do Estoril, o valor refere-se a dívidas para com o clube, nomeadamente sobre a transferência do Carlos Eduardo para o Al Hilal e a cedência do Licá, conforme demonstra uma fatura de novembro de 2017″.

Francisco J. Marques reagiu a uma notícia avançada, na quinta-feira, pelo jornal A Bola sobre uma denúncia anónima junto da Procuradoria-Geral da República, entretanto confirmada pela mesma, em que se dava conta de uma eventual reunião entre um executivo da Traffic, empresa que detém a maioria do capital da SAD do Estoril, um empresário e um dirigente do FC Porto, que terá tido lugar num hotel de Lisboa, na véspera da segunda parte do jogo com os canarinhos, em 20 de fevereiro.

Na mesma denúncia, consta ainda uma alegada transferência bancária para a Estoril, SAD, no valor de 730 mil euros.

Em comunicado, o FC Porto “nega e repudia a pseudonotícia do jornal A Bola” e avança que “os factos, como sempre no caso de matérias relacionadas com o FC Porto, serão comprovados documentalmente”.

“A publicação desta pseudonotícia levanta questões de ética essenciais. A primeira é que foi publicada sem que o FC Porto fosse contactado. A segunda é que não se percebe de que modo uma denúncia anónima faz o seu percurso entre a Procuradoria-Geral da República e o jornal A Bola”, continua.

“O único objetivo para o trânsito desta pseudonotícia só pode ser uma tentativa frustrada de desestabilizar a nossa equipa fora de campo, na véspera de um importante jogo. A resposta será dada em campo, com o apoio massivo do Mar Azul, que tem acompanhado a equipa desde o início da época”, conclui a nota divulgada no site oficial dos dragões.

O Estoril, por seu lado, admitiu tomar medidas legais para defender “o bom nome da instituição”. “Considerando a ausência de fundamentos, detalhe ou rigor das peças jornalísticas referidas, e, em alguns casos, o seu teor difamatório, iremos analisar as medidas legalmente ao nosso dispor“, cita o Diário de Notícias.

A segunda parte do Estoril-FC Porto realizou-se a 21 de fevereiro, depois de o jogo ter sido interrompido ao intervalo, a 15 de janeiro, na sequência de problemas de segurança na bancada do Estádio António Coimbra da Mota. O Estoril estava, então, a ganhar por 1-0.

O FC Porto acabou por vencer o desafio por 3-1, graças aos golos de Soares (bis) e Alex Telles marcados nos segundos 45 minutos, disputados na semana passada.

ZAP // Lusa

7 Comments

  1. É claro que é uma dívida, verdade verdadinha, obviamente demonstrável – se não fosse, seriam demasiado estúpidos em contar uma mentira desmascarável em poucos segundos.
    E por acaso estava em atraso, e por acaso foi paga mesmo em cima do jogo, poucos dias antes ou depois muda pouco o panorama.
    São acasos muito convenientes…..

    • Se tivessem pago no dia seguinte ao primeiro jogo, em que até estavam a perder, dava menos nas vistas.
      Assim é mesmo despudorado: fazem e ninguém pode demonstrar nada, ainda gozam em cima… e estão-se ns tintas para todos…

  2. “A publicação desta pseudonotícia levanta questões de ética essenciais. A primeira é que foi publicada sem que o FC Porto fosse contactado.”
    Elucide-me quem souber, pf. isto da ética não se aplica a violação de correspondência privada e sua divulgação pública, tipo e-mails e assim, pois não?
    O SLB foi contactado antes de divulgarem o teor dos e-mails, por isso, mais uma razão para não se aplicar, não é?
    Estou a pensar certo, não estou? Se há quem tenha legitimidade para falar em ética é o FCP, não é?
    E em seriedade e honestidade também, certo?
    Se puderem ajudar-me a confirmar, agradeço desde já.

    • Não me parece necessário pedir autorização “ao papá” para oublicar o que ele próprio disse em público, não lhe parece?
      Os argumentos em favor do indefensável que os tripeiros são capazes vão para além da hilariedade, mas o que é pior, da inteligência…

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