O FC Porto apurou-se hoje para as meias-finais da Taça de Portugal de futebol, ao vencer o Boavista com um golo de Brahimi, num jogo em que os ‘axadrezados’ falharam uma grande penalidade nos segundos finais.
Brahimi, pelo golo anotado aos 24 minutos, e Helton, porque defendeu o penálti assinalado contra a sua equipa no último minuto de descontos, foram os heróis de um jogo que o FC Porto controlou e ganhou, pelo que fez sobretudo durante a primeira parte.
No segundo tempo, a persistência do 0-1 e a expulsão de Imbula (68) deram ao Boavista confiança suficiente para arriscar mais no ataque e procurar pelo menos o empate, que podia ter chegado no último minuto do prolongamento, se Douglas Abner tivesse aproveitado a grande penalidade assinalada contra o FC Porto.
Mas Abner, um jovem de 19 anos, falhou o frente-a-frente com o veterano Helton, e o seu remate foi defendido pelo guarda-redes portista, que assim evitou o prolongamento e confirmou a qualificação da sua equipa para as ‘meias’ da Taça.
O Boavista iniciou a partida com sete caras novas face ao ‘onze’ inicial utilizado no domingo passado frente a este mesmo adversário para o campeonato e os “dragões, por seu lado, apresentaram-se com Helton, Evandro e Varela, em vez de Casillas, André André, que nem convocado foi, e Jesus Corona.
O primeiro remate foi do Boavista, por Anderson Carvalho e por cima da baliza de Helton (08), mas a primeira grande situação de golo coube ao FC Porto (10), quando Layún cruzou e Aboubakar, a poucos metros da baliza boavisteira,, cabeceou para fora.
Após algumas ameaças, o FC Porto marcou através de Brahimi, aos 24 minutos, num lance em que a qualidade do argelino fez a diferença.
O Boavista teve a sua oportunidade aos 29 minutos, quando Tiago Mesquita cruzou e o reforço Ruben Ribeiro, de cabeça e com Helton batido, atirou para fora.
Depois de uma primeira parte em que jogou quanto baste e tirou partido da qualidade individual dos seus jogadores, o FC Porto esteve menos bem após o intervalo e permitiu que o Boavista, com muita entrega e alguma coragem, arriscasse cada vez mais em busca da igualdade.
A expulsão de Imbula quando ainda restavam mais de 20 minutos de jogo também ajudou o Boavista a acreditar que, em superioridade numérica, podia chegar ao golo, de tal modo que a baliza portista passou mesmo por alguns momentos claros de aflição.
Antes, porém, Varela ainda serviu Aboubakar e este rematou fortíssimo ao poste (53) e o mesmo Varela tirou um possível golo a Tiago Mesquita (55).
O técnico boliviano Erwin Sánchez substituiu Uche Nwofor por José Manuel (64), pouco depois arriscou e pôs Uchebo, um atacante, no lugar do médio Anderson Carvalho e mais tarde foi ainda mais longe tirando outro centrocampista, Idris, e meter outro atacante, Douglas Abner.
A pressão ‘axadrezada’ intensificou-se, o FC Porto tremeu e, aos 90+4 minutos, o árbitro assinalou uma grande penalidade contra os ‘dragões.
Abner encarregou-se do penálti, mas Helton adivinhou-lhe as intenções e negou-lhe o golo.