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FC Porto e Benfica só jogam uma vez ao fim de semana. Será o campeonato mais longo (e tardio) de sempre

Hugo Delgado / Lusa

O FC Porto e o Benfica apenas disputam um jogo ao fim de semana, o primeiro de julho, de acordo com o calendário das 10 últimas jornadas da I Liga de futebol.

Com exceção da 34.ª e última ronda, prevista para 16 de julho e, regulamentarmente, dependente da tabela classificativa para ser agendada, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) divulgou o programa da retoma, com arranque em 3 de junho.

Entre as equipas na luta pelo título – o líder FC Porto, que soma 60 pontos, e o campeão Benfica, segundo, com 59 -, os encarnados jogam mais vezes em primeiro lugar (cinco contra quatro dos portistas).

Numa prova que, do início da 25.ª jornada até ao final da 33.ª, em 21 de julho, só para nove dias (8, 14, 20 e 27 de junho e 2, 7, 12, 16 e 17 de julho) e não tem jogos antes das 17:00, o FC Porto é o primeiro dos candidatos a entrar em ação, no dia do regresso, pelas 21:15, no reduto emprestado do Famalicão.

Para o dia seguinte (quinta-feira, 4 de junho), está marcado o regresso do Benfica, que recebe o Tondela, a partir das 19:15, no Estádio da Luz, num jogo à porta fechada, como todos os 90 que falta disputar na edição 2019/20 da I Liga.

Na ronda 26, Benfica e FC Porto jogam no mesmo dia, uma quarta-feira (10 de junho), as ‘águias’ primeiro, às 19:15, em Portimão, e os ‘dragões’ logo a seguir, às 21:30, no Estádio do Dragão, perante o Marítimo.

Os ‘azuis e brancos’ abrem as ‘hostilidades’ na jornada 27, no reduto do Desportivo das Aves, numa terça-feira (16 de junho), pelas 21:15, com os ‘encarnados’ a jogaram no dia seguinte, também fora, e no mesmo horário, frente ao Rio Ave, que ainda espera ver o seu estádio habilitado para receber jogos da I Liga. Na 28.ª jornada, ambos jogam em casa e numa terça-feira (23 de junho), o Benfica às 19:15, face ao Santa Clara, e o FC Porto logo a seguir, às 21:25, perante o vizinho Boavista.

Seis dias depois, em 29 de junho, os vencedores das últimas 17 edições voltam a jogar no mesmo dia, agora numa segunda-feira (29 de junho), os ‘encarnados’ primeiro, às 18:00, na casa do Marítimo, e os ‘azuis e brancos’ às 21:15, em Paços de Ferreira.

Jornada 34 pode ser explosiva

A primeira e única vez que jogam ao fim de semana acontece na 30.ª ronda, os dois em casa, o Benfica no sábado (4 de julho), às 21:15, face ao Boavista, e o FC Porto no domingo (5 de julho), às 21:15, frente ao Belenenses. Os dois candidatos voltam na quinta-feira (9 de julho), para a 31.ª ronda, com o FC Porto a começar primeiro, às 19:15, em Tondela, e o Benfica às 21:15, na casa emprestada do Famalicão.

Na 32.ª e antepenúltima ronda, o Benfica volta a entrar à frente, recebendo numa terça-feira (14 de julho), pelas 21:30, o Vitória de Guimarães, com o FC Porto a receber no dia imediato (15 de julho), em idêntico horário, o clássico com o Sporting.

Os ‘dragões’ são, depois, os primeiros na 33.ª jornada, e última com calendário conhecido, recebendo o Moreirense numa segunda-feira, pelas 21:15.

No dia seguinte, à mesma hora, o Benfica joga fora com o Desportivo das Aves.

A potencialmente ‘explosiva’ 34.ª e última jornada, com um Benfica-Sporting e um Sporting de Braga-FC Porto, está, provisoriamente, agendada para as 16:00 do dia 26 de julho, um domingo. Este será a única oportunidade para os ‘leões’ atuarem ao fim de semana, já que, da 25.ª à 33.ª rondas, jogam uma vez à segunda-feira, uma à terça, duas à quarta, duas à quinta e três à sexta. O Sporting de Braga joga duas vezes ao sábado.

Campeonato mais longo de sempre

A edição 2019/20 vai ser a mais longa da história da I Liga de futebol, que se começou a jogar em 1934/35, face ao adiamento das últimas 10 jornadas para junho e julho, devido à pandemia de covid-19. O principal campeonato luso vai terminar, previsivelmente, apenas em 26 de julho – data prevista para a 34.ª última ronda, a única ainda sem calendário definitivo -, 352 dias depois do primeiro encontro da prova, o empate a zero entre Portimonense e Belenenses, em Portimão, no dia 09 de agosto de 2019.

Até agora, a edição mais longa era a de 1996/97, iniciada em 23 de agosto de 1996 e finalizada em 15 de junho de 1997, para um total de 296 dias, mais um do que os que durou o campeonato de 1978/79 — 26 de agosto de 1978 a 17 de junho de 1979.

O campeonato 2019/20 será o mais longo e o que vai acabar mais tarde, sendo que, até agora, apenas a edição de 1946/47 havia tido encontros em julho. A 26.ª e última ronda encerrou no dia 6 do sétimo mês, depois de ter arrancado em 24 de novembro de 1946. Desta vez, serão cinco as rondas completas que se vão realizar em julho (30.ª à 34.ª), mais uma incompleta, a 29.ª, que se iniciará ainda em junho.

O campeonato deverá encerrar em 26 de julho de 2020, sendo que, por exemplo, para o Vitória de Guimarães, a época começou, oficialmente, um ano e um dia antes, com o embate da primeira mão da segunda pré-eliminatória da Liga Europa.

Em 25 de julho de 2019, os minhotos venceram por 1-0 no reduto do Jeunesse Esch, graças a um tento do ganês Joseph, já nos descontos, aos 90+3 minutos.

No que respeita às provas nacionais, a temporada iniciou-se dois dias depois, em 27 de julho, com o encontro da Taça da Liga entre os ‘secundários’ Académica e Farense. Os ‘estudantes’ seguiram para a segunda fase nos penáltis (4-3, após 1-1).

O 86.ª campeonato abriu, por seu lado, em 9 de agosto, tornando-se, então, o segundo mais prematuro de sempre, ‘perdendo’ apenas para a edição 2017/18, iniciada em 06 de agosto de 2017, com a vitória do Sporting no reduto do Desportivo das Aves por 2-0, com um ‘bis’ de Gelson Martins.

A I Liga 2019/20 entrará na história como a mais longa e a que terá um final mais tardio, também porque sofreu uma interrupção ímpar, de quase três meses. A competição foi suspensa dias após os embates de 08 de março, da 24.ª jornada, o último dos quais o triunfo do Vitória de Guimarães em Paços de Ferreira, por 2-1, e será retomada 87 dias depois, com a receção do Portimonense ao Gil Vicente, em 03 de junho, a partir das 19:00.

No historial da principal competição do calendário português, as maiores interrupções eram de pouco mais de um mês, uma vez 34 dias (1959/60) e duas 35 (1978/79 e 1983/84).

ZAP // Lusa

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