O debate era sobre economia, a antiga primeira-ministra nem estava presente, mas o “teatro político” tomou conta da Câmara dos Comuns.
Liz Truss foi primeira-ministra do Reino Unido durante um mês e meio. Não foi alguém que tenha ficado propriamente na história da política do país.
No entanto, quase três anos depois da sua passagem pelo cargo, ainda é um “fantasma” no Palácio de Westminster.
Madeline Gran, editora do The Spectator, fala numa recente sessão caótica na Câmara dos Comuns, na qual o tal fantasma da ex-primeira-ministra Liz Truss dominou os trabalhos — apesar de nem estar lá, obviamente (perdeu o seu assento parlamentar nas últimas eleições).
O debate, que teoricamente deveria centrar-se no estado atual da economia, rapidamente degenerou em “disputas partidárias, teatro político e ataques pessoais”.
Os deputados trabalhistas invocaram repetidamente o nome de Truss numa tentativa clara de reavivar na memória do público o “legado desastroso” dos Conservadores, especialmente o já mencionado curto mandato como primeira-ministra.
No entanto, esta estratégia pode estar a sair pela culatra. As sondagens indicam agora que a popularidade de Keir Starmer é… inferior à de Truss no seu pior momento político.
O Partido Trabalhista fica cada vez mais desesperado por encontrar bodes expiatórios mais impopulares do que eles próprios.
No fim de contas, a sessão não trouxe qualquer esclarecimento sobre a política económica e reforçou a desilusão generalizada do público com os dois principais partidos: Conservador e Trabalhista.
Liz Truss já não ocupa os bancos verdes, “mas o seu legado — e a disfunção que simboliza — continua a assombrar o Parlamento”, finaliza Madeline.