Famílias cortam consumo. Só alimentos aguentam

O consumo diminuiu no segundo trimestre do ano devido à subida de preços e à incerteza associada à guerra na Ucrânia, aguentando-se somente as despesas com bens alimentares, que subindo ligeiramente face aos três meses anteriores.

Segundo os dados divulgados na quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), citados pelo Jornal de Negócios, o consumo privado recuou 0,3% entre abril e junho. No trimestre anterior, tinha avançado 1,7%.

Quase todas as despesas desceram, tendo a queda mais expressiva sido registada nos bens duradouros, que recuou 1,3%, enquanto os gastos com bens correntes não alimentares e serviços caíram 0,3%.

De acordo com o INE, os gastos com bens alimentares subiram 0,2%, cerca de 11 milhões de euros. Também o consumo final das instituições de solidariedade social de apoio às famílias subiu no segundo trimestre, em 0,6%.

Os dados mostram igualmente que o consumo das Administrações Públicas diminuiu 0,4%, cerca de 30 milhões de euros.

As empresas também consumiram menos. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) recuou 4,4% no segundo trimestre. No primeiro trimestre, o investimento tinha avançado 3,4%. Só o investimento com recursos biológicos cultivados subiu.

O contributo da procura interna para a variação do PIB no segundo trimestre (em cadeia) foi negativo, em 1,1 pontos percentuais. Isto depois de no primeiro trimestre o contributo ter sido positivo em 2 pontos.

Já a procura externa líquida apoiou agora ainda mais a economia, com um crescimento mais acentuado das exportações de bens e serviços do que o das importações de bens e serviços.

ZAP //

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