Falso ministro tenta arranjar emprego para amigo na Câmara de Gaia

Bruno Santos / wikimedia

Eduardo Vítor Rodrigues,  presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia

Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia

O presidente da Câmara de Gaia revelou esta quarta-feira que um homem ligou para a autarquia a dizer que era ministro e que precisava de um emprego “bem pago” para um “camarada” do PS.

Eduardo Vítor Rodrigues descreveu, na sua página do Facebook, que se trata de uma burla e diz que já avançou com uma queixa-crime contra incertos junto do Ministério Público.

Na tarde de terça-feira, um desconhecido telefonou ao autarca socialista, identificando-se como o ministro-adjunto Eduardo Cabrita e pedindo-lhe um emprego “com bom salário” na empresa municipal Águas de Gaia.

O presidente da Câmara de Gaia ordenou ainda uma auditoria às telecomunicações da câmara para identificar a origem dos contactos que o falso ministro disse estar a fazer em nome do primeiro-ministro António Costa.

O autaarca afirma ter falado com o suposto chefe de gabinete antes de o telefonema ser passado ao “ministro”. De acordo com a queixa-crime, a que o Público teve acesso, o homem disse estar a falar em nome de António Costa, que queria arranjar um emprego para um amigo.

Eduardo Vítor terá pedido ao interlocutor que lhe enviasse um e-mail com os dados necessários, e minutos depois chegava ao seu e-mail a mensagem com a indicação que “o Dr. António Costa pediu máximo sigilo” sobre o assunto. O autarca contactou o suposto ministro, perguntando-lhe porque não usara uma morada institucional, sendo-lhe respondido para “protecção de ambos”.

O presidente da Câmara de Gaia decidiu, então, contactar o ministro Adjunto Eduardo Cabrita, cujo número de telemóvel tinha e confirmou que não tinha sido ele o autor da chamada.

O Público descreve que o homem que, supostamente, precisava de emprego “com bom salário” – e cujo CV foi enviado ao presidente da câmara de Gaia na tarde de terça-feira – garante desconhecer completamente o caso, garantindo que alguns dos factos que constam do curriculum, como o de ter frequentado o Instituto Superior de Engenharia do Porto ou de trabalhar, desde 2011, na RTP, “não correspondem à verdade”.

ZAP

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