O Facebook tem estado envolvido em vários escândalos e o mais recente está relacionado com a alegada compra da ferramenta Pegasus, usada para hackear iPhones.
A empresa de segurança informática NSO Group, responsável pela Pegasus, alega que a rede social de Mark Zuckerberg tentou comprar o software para monitorizar os utilizadores de iPhone.
Shalev Hulio, diretor executivo da empresa, apresentou um conjunto de documentos com esta informação, num depoimento de apoio no processo que envolve as duas empresas, no qual o Facebook acusa a NSO Group de explorar uma falha de segurança no WhatsApp que permitiu expiar mais de 100 ativistas e jornalistas.
De acordo com a Vice, Hulio contou que dois representantes do Facebook contactaram a empresa de ciberespionagem em 2017 para comprar a ferramenta que permitiria monitorizar os utilizadores do iOS.
Este contacto aconteceu na altura em que a rede social lançou uma ferramenta de redes privadas virtuais (VPN) – Onavo – que, mais tarde, seria revelada como uma forma de a empresa monitorizar o tráfego dos utilizadores no smartphone. O objetivo era perceber que outras aplicações as pessoas estavam a usar além do Facebook.
Depois de se ter apercebido que a eficácia da Onavo nos utilizadores do iPhone era menor do que no sistema operativo Android, o Facebook procurou uma ferramenta que ajudasse a complementar a informação.
“Os representantes do Facebook disseram que o Facebook queria usar as capacidades implícitas do Pegasus para monitorizar utilizadores com dispositivos Apple e estavam dispostos a pagar pela capacidade de monitorizar os utilizadores do Onavo Protect”, lê-se no documento submetido pelos israelitas, citado pela Exame Informática.
O software Pegasus é uma ferramenta que permite aceder aos conteúdos dos smartphones dos utilizadores sem que eles tenham conhecimento e é vendida a Governos e forças de segurança de todo o mundo. Por este último motivo, a tecnológica israelita recusou vender a ferramenta ao Facebook, por não se enquadrar no perfil de clientes elegíveis.
De onde se conclui, mais uma vez, que Mark Zuckerberg é um nojento.