As fábulas de Esopo podem ajudar a Inteligência Artificial a tornar-se mais humana

As analogias usadas nas fábulas de Esopo podem ajudar a Inteligência Artificial a tornar-se mais humana, sugere uma equipa de investigadores.

As fábulas de Esopo são uma coleção de fábulas creditadas a Esopo, um escravo e contador de histórias que viveu na antiga Grécia. Tornaram-se um termo genérico para coleções de fábulas envolvendo animais personificados.

Um dos exemplos mais conhecidos é a história de lebre e da tartaruga, em que a moral da história é que, por vezes, a perseverança vale mais do que pensamos e que devagar se vai longe.

A cigarra e a formiga é também uma das fábulas mais conhecidas de Esopo, que certamente terá ouvido pelo menos uma vez ao longo da sua infância. Neste caso, a moral da história é que todas as ações geram consequências e que o trabalho árduo é recompensado.

Os seres humanos têm uma habilidade natural de raciocinar por analogia para encontrar semelhanças entre novas situações e aquelas que encontramos no passado. Assim, estabelecer ligações entre eventos passados e etapas de novos projetos permite-nos evitar erros e reproduzir sucessos passados.

Agora, fábulas como as de Esopo podem ajudar a Inteligência Artificial (IA) a tornar-se mais humana. Investigadores da Universidade do Sul da Califórnia começaram a explorar como é que a IA pode ser treinada para seguir a mesma lógico dos humanos.

Até agora, sublinha o Freethink, os algoritmos de IA têm-se mostrado limitados na complexidade de analogias que conseguem fazer.

Antes que possa lidar com uma diversidade de analogias, a IA precisa de melhorar em fazê-las com a precisão dos humanos. As fábulas de Esopo usam analogias para transmitir mensagens morais simples e, por isso, foram usadas para testar as limitações da Inteligência Artificial.

A equipa de investigadores identificou vários pontos-chave que o leitor pode captar ao fazer julgamentos morais e inferências sobre as histórias. Além disso, identificou ligações entre diferentes pares de fábulas com mensagens semelhantes.

Depois disto, os cientistas propuseram uma sequência de tarefas que a IA poderia seguir para fazer estas comparações e analogias.

Os autores tiveram dificuldades em concordar sobre quais fábulas deveriam ser combinadas. Isto sugere que o raciocínio analógico, apesar do seu grande poder, é surpreendentemente subjetivo. O estudo foi pré-publicado no portal arXiv.

Em estudos futuros, esperam explorar essas nuances complexas da mente humana com mais detalhe e, finalmente, aprender como integrá-las na IA.

ZAP //

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