Há mais de dois anos que as forças ucranianas esperavam estes reforços. Mas isto é “insuficiente”, avisou o presidente Volodymyr Zelenskyy.
A Ucrânia recebeu os seus primeiros caças F-16 ocidentais, esperados há mais de dois anos, anunciou hoje o Presidente Volodymyr Zelenskyy, mostrando-os a jornalistas e sublinhando que o seu número é “insuficiente”.
“Realizámos centenas de reuniões e negociações” com os aliados para obter estes aviões e reforçar a defesa aérea do país e “muitas vezes ouvimos as palavras ‘é impossível’ em resposta”, disse Volodymyr Zelenskyy, durante uma cerimónia num local secreto na Ucrânia, segundo avança a AFP.
“Agora é a realidade, a realidade no nosso céu. Os F-16 estão na Ucrânia”, disse.
Desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, Kiev tem implorado pela entrega de F-16 na esperança de acabar com o domínio russo no ar e proteger melhor as suas cidades e militares contra incessantes bombardeamentos das forças de Moscovo.
Fabricados nos Estados Unidos, os aviões são considerados a joia da coroa na extensa lista de equipamento militar que a Ucrânia solicitou aos aliados, numa tentativa de repelir o avanço das forças russas no seu solo.
O Presidente da Ucrânia não revelou o número de aeronaves recebidas por Kiev, limitando-se a dizer que é “insuficiente”, assim como o número de pilotos ucranianos treinados no Ocidente para pilotar aquelas aeronaves.
Também não foram revelados a data de entrega e o país que forneceu este primeiro lote.
“O que é positivo é que esperamos mais F-16” e que “muitos dos nossos homens estão a ser treinados”, assegurou Zelenskyy.
Jornalistas da AFP viram pelo menos dois F-16 a sobrevoar o local durante a cerimónia.
Atrás de Volodymyr Zelenskyy, outras duas aeronaves cinzentas semelhantes a F-16 foram colocadas no solo, parcialmente cobertas por redes de camuflagem e com as caudas estampadas com o brasão nacional, o tridente.
Em meados de maio, o presidente Zelenskyy declarou, numa entrevista à AFP, que precisava de 120 a 130 destas aeronaves para alcançar a paridade com a aviação russa.
// Lusa