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Extrema-direita austríaca chega ao Governo em coligação com conservadores

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Florian Wieser / EPA

O novo chanceler da Áustria, Sebastian Kurz: um messias, um mini-ditador, o novo Macron

O Presidente da Áustria deu luz verde, este sábado, à formação do novo Governo entre o Partido Popular Austríaco (ÖVP) e os ultranacionalistas do Partido Liberal (FPÖ) e anunciou que a posse será no princípio da próxima semana.

Alexander Van der Bellen, antigo chefe do partido ecologista Os Verdes e atual Presidente, foi informado hoje do pacto do Governo alcançado entre o chefe dos populares e futuro chanceler, Sebastian Kurz, e o líder do eurocético FPÖ, Heinz-Christian Strache.

O chefe de Estado, que ganhou as eleições no ano passado numa aguerrida disputa com um candidato da FPÖ, indicou que durante o fim-de-semana vai contactar os futuros ministros que ainda não conhece pessoalmente.

Os meios de comunicação anteciparam que o novo executivo terá 13 ministérios.

Segundo os media, os ultranacionalistas deverão ficar com as pastas dos Negócios Estrangeiros, Interior, Defesa, Infraestruturas, Assuntos Sociais e Desporto, esta última nas mãos de Strache, que também será vice-chanceler.

O ÖVP, além da chefia do Governo com Kurz, deverá ocupar as pastas das Finanças, Economia, Educação, Mulheres, Justiça e Agricultura, bem como uma pasta dedicada aos Assuntos Europeus (independente da dos Negócios Estrangeiros) e Cultura.

Tanto o Partido do Povo como o Partido da Liberdade defenderam, durante a campanha eleitoral, a necessidade de um maior controlo da imigração, de deportações rápidas dos requerentes de asilo cujos pedidos sejam negados e uma repressão do islão radical.

Sebastian Kurz, de 31 anos, é agora o mais jovem chefe de Governo no mundo. Com esta coligação, a Áustria passa a ser o único país ocidental da Europa com um partido de extrema-direita no Governo.

ZAP // Lusa

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