Minhotos querem expulsar o padre que chama “hipócritas e camelos” durante a missa

Seramil viveu um domingo “pouco católico”. Padre não celebra como os locais estão habituados: “É o fim de linha”.

O padre António Magalhães chegou à igreja de S. Paio de Seramil, em Amares, para a habitual celebração dominical – mas neste domingo não houve.

Os paroquianos protestaram contra o padre porque não concordam com decisões recentes do padre (recém-chegado a Seramil).

A população local, cita o jornal O Amarense, sente-se “humilhada e discriminada” pelo padre – que coloca em causa “usos e costumes locais”.

No dia 1 de Novembro não houve a habitual celebração do Dia de Todos os Santos, no dia 8 de Dezembro (Imaculada Conceição) também não.

Mais recentemente, não se realizou a missa de Ano Novo. Nem no dia 31 de Dezembro, nem a 1 de Janeiro.

O porta-voz Jorge Marques acrescenta que uma família, que veio propositadamente de Inglaterra para um funeral, pediu para realizar a missa no domingo. Mas o padre recusou, só realizando na segunda-feira.

Além disso, “queria levar a catequese para outras freguesias. Nunca reúne aqui. Temos que ir a outras paróquias“, lamenta Jorge Marques.

O momento que terá sido o limite para vários paroquianos foi o Natal. Há um presépio centenário que, desta vez, não teve direito a visitas. O padre negou porque “não anda por usos e costumes e que não é ‘pau mandado’ de ninguém”.

Com tudo isto: “É uma constante humilhação. Sentimo-nos humilhados. Nas homilias está sempre com piadas, a chamar hipócritas, camelos… Andam a encher chouriças”.

“Vamos falar com o Senhor Bispo (de Braga). É o fim de linha“, avisa o local.

Depois da intervenção da Guarda Nacional Republicana, a porta da igreja foi aberta mas ninguém entrou. Não houve celebração.

ZAP //

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