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Explosão nuclear dispara radiação. Rússia mantém silêncio e evacua aldeia

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A Rússia mantém o secretismo à volta do acidente nuclear, apesar de os dados divulgados detetarem uma grande subida da radiação. Os habitantes de Nyonoksa, perto da zona da explosão, foram convidados a evacuar a aldeia.

Uma explosão num local de testes de mísseis, no extremo norte da região de Arkhangelsk, matou cinco funcionários. O ensaio deixou os níveis de radiação em valores 4 a 16 vezes mais elevados do que o normal, levando a que uma aldeia perto da zona da explosão tivesse de ser evacuada. Os russos estavam a testar um motor a jato de propelente líquido.

“Recebemos uma notificação sobre as atividades planeadas das autoridades militares. Assim sendo, os moradores de Nyonoksa foram convidados a deixar o território da aldeia a partir de 14 de agosto”, disseram as atividades, de acordo com a agência de notícias Interfax.

De acordo com a nota, a equipa da agência nuclear Rosatom estava a fornecer suporte técnico e engenharia para a “fonte de energia isotópica” do motor que estava a ser testado. O local de testes de Nyonoksa, no Mar Branco, é usado para testar mísseis instalados em submarinos e navios nucleares desde a era soviética.

Segundo a agência russa TASS, os médicos que trataram das vítimas do acidente foram enviadas para Moscovo para serem examinadas. Uma fonte anónima revelou que os médicos assinaram um acordo de confidencialidade, de forma a não serem divulgadas informações em relação ao acidente.

O diretor da Rosatom, Alexei Likhachev disse que as vítimas foram “verdadeiros heróis” e que o progresso na criação de novas armas será um tributo a eles.

O Independent diz ainda que as autoridades russas fecharam parte da Dvina Bay, no Mar Branco, para que a recuperação dos destroços do míssil fossem feitos com o maior secretismo possível. Por outro lado, o The Guardian sugere que a água possa estar contaminada.

Vários grupos ambientalistas russos já pediram ao Governo para divulgar mais informações em relação à explosão, mas as autoridades continuam praticamente em silêncio total.

Apesar de não ter sido mencionado qual era o tipo de míssil, os media especulam que se possa tratar do Burevestnik, revelado em março de 2018 por Vladimir Putin. Alegadamente, a arma nuclear tem um alcance ilimitado, permitindo passar pelas defesas do inimigo sem ser detetado.

ZAP //

5 Comments

  1. Ainda bem que foi na democrática Rússia: é inofensivo! Se tivesse sido nos Estados Unidos ou Brasil isso é que era perigoso por causa das ditaduras!

    • Mas esses não são todos amigos?!
      Se dependesse apenas do Bolsonaro ou do Trump, achas que seriam muito diferentes do Putin?
      Claro que, em inteligência, não lhe chegam aos calcanhares…

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