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Explosão “do exterior” atinge petroleiro ao largo da Arábia Saudita

(h) Guarda Costeira dos Estados Unidos

Uma explosão, causada “do exterior” atingiu um petroleiro, ao largo da cidade portuária saudita de Jeddah, disse esta segunda-feira o armador do navio.

O petroleiro “‘BW Rhine’ foi atingido a partir do exterior quando se dirigia para Jeddah, provocando uma explosão e um incêndio a bordo“, indicou o armador de Singapura Hafnia, em comunicado e sem adiantar pormenores.

Os 22 tripulantes, com bandeira de Singapura, saíram ilesos do navio, indicou o grupo BW numa declaração, na qual alertou para a possibilidade de uma pequena fuga de combustível devido à explosão.

A Arábia Saudita ainda não confirmou a explosão, que, de acordo com o Gabinete britânico das Operações Comerciais Marítimas (UKMTO), ocorreu no domingo ao largo de Jeddah, porto-chave no mar Vermelho e centro de distribuição para o gigante petrolífero saudita Aramco.

No mês passado, uma explosão danificou um petroleiro grego, no porto saudita de Al-Shuqaiq, no sul da Arábia Saudita.

A coligação militar, liderada por Riade, que intervêm no Iémen em guerra contra os rebeldes Huthis, atribuiu o ataque a este grupo.

A Dryad Global, uma sociedade de informações marítimas, baseada em Londres, indicou que a explosão de domingo atingiu um petroleiro no porto da Aramco, em Jeddah.

Esta explosão ocorreu quando os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão, estão a intensificar os ataques contra a Arábia Saudita vizinha, numa represália pela campanha militar em curso no Iémen.

Em novembro, os rebeldes declararam ter atingido com um míssil uma fábrica da Aramco em Jeddah. A empresa pública saudita, primeira exportadora de bruto do mundo, indicou que este ataque tinha atingido um reservatório de petróleo, causando uma explosão e um incêndio.

Estes ataques destacam a vulnerabilidade das infraestruturas petrolíferas sauditas, de vários milhões de dólares.

Por outro lado, Riade tem acusado, em várias ocasiões, Teerão de fornecer armas sofisticadas aos Huthis, acusação que o Irão nega.

Desde 2014, dezenas de milhares de pessoas morreram no conflito no Iémen. De acordo com a ONU, o conflito causou a pior crise humanitária em curso no mundo.

Via marítima essencial para mercadorias e abastecimento energético, o mar Vermelho já foi minado anteriormente. Em 1984, cerca de 19 navios foram atingidos por minas no local, apenas tendo sido recuperada e desarmada um daqueles engenhos, de acordo com um painel de peritos da ONU.

// Lusa

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