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Explosão em fábrica de pirotecnia destruiu família (6 mortos confirmados)

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Nuno André Ferreira / Lusa

Quatro pessoas morreram hoje na sequência de várias explosões numa fábrica de pirotecnia

Várias explosões numa fábrica de pirotecnia em Lamego fizeram oito vítimas.

Aumentou para seis o número de mortes confirmadas depois da explosão numa fábrica de pirotecnia em Avões, Lamego, no distrito de Viseu. Ainda há duas pessoas desaparecidas nos escombros num acidente que vitimou um total de 8 pessoas, seis das quais da mesma família.

A família Egas Sequeira, que era proprietária da fábrica de pirotecnia que explodiu, em Avões, nesta terça-feira, 4 de Abril, está destroçada depois do acidente fatal. Seis das oito vítimas do acidente pertencem a esta família e a tragédia só não foi maior porque a “mulher e uma das filhas do proprietário tinham saído do paiol minutos antes”, refere o Diário de Notícias.

Entre as vítimas mortais confirmadas estão Egas Sequeira, o dono da fábrica, a filha Susana e o genro Samuel. Os funcionários Vítor Costa e David Miguel terão também morrido. A identidade da sexta vítima ainda não foi divulgada.

Entre os desaparecidos estão o genro do dono da fábrica, Joaquim Pereira que era casado com Susana, e a sobrinha de Egas Sequeira, Ana Sofia Baptista.

“Os corpos estão irreconhecíveis”

A esposa de Vítor Costa, uma das vítimas mortais da explosão, conta à TSF que “rebentou tudo ao mesmo tempo”. “Os corpos estão irreconhecíveis, (os bombeiros) não sabem dizer quem são”, lamenta Fernanda Costa.

Setenta e cinco operacionais continuam no terreno “a fazer pesquisas numa área bastante grande”, revela o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, citado pela Lusa.

“A explosão foi de uma dimensão fora do normal e obriga a que tenha de ser batida uma área bastante grande para tentarmos ver se encontramos as pessoas desaparecidas”, refere o governante.

O Diário de Notícias adianta que o perímetro das buscas foi alargado dos 600 para os 800 metros, depois de a sexta vítima ter sido encontrada “a 200 metros do local da explosão”.

Autoridade para as Condições de Trabalho está a investigar

A Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) informou que já está a decorrer um inquérito à explosão que deixou a fábrica totalmente destruída.

Os bombeiros retomaram nesta quarta-feira de manhã trabalhos de pesquisa, procura e levantamento para perceber as causas do acidente. E a Polícia Judiciária também já foi chamada a investigar o caso.

No local estão também elementos dos Institutos de Medicina Legal de Coimbra e do Porto para proceder à identificação dos corpos.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, solidarizou-se com as famílias das vítimas e já está em Lamego, onde expressou “o pesar de todos os portugueses” pelo acidente que define como “uma desgraça”.

O primeiro-ministro António Costa expressou as condolências à família através do Twitter, notando que já telefonou ao presidente da Câmara Municipal de Lamego a lamentar o incidente e a disponibilizar “todo o apoio necessário” do governo.

A Câmara de Lamego anunciou ter decretado três dias de luto municipal pelas vítimas da explosão.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Penso que além do que já se fez há ainda muito a fazer no que toca a segurança nesta arte e até no hábito dos portugueses no lançamento de foguetes quanto a mim coisa desnecessária e perigosa e para que não tenhamos de andar toda a vida a lamentar mortes desnecessárias.

  2. Concordo plenamente Sr. Vasco, é uma arte perigosa a pirotecnia, há grandes riscos de morte em diversos lugares nessa produção, a fiscalização deve ser com maior rigor, para evitar outros acidentes.

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