“Exploradora urbana” encontra cinzas de 89 pessoas em caixas e sacos em igreja abandonada

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O dono da igreja argumenta que esta não estava abandonada propositadamente e que ficou impedido de ir ao edifício por estar em prisão domiciliária.

Uma equipa de investigadores do estado norte-americano do Ohio encontrou as cinzas de 89 pessoas em caixas e sacos numa igreja abandonada em Akron, avança a Associated Press.

As cinzas foram encontradas na terça-feira na Greater Faith Missionary Baptist Church por um grupo de investigadores do Ohio Bureau of Criminal Investigation, revelou Steve Irwin, o porta-vez do procurador-geral do estado.

O dono da igreja, Shawnte Hardin, enfrenta 44 acusações, incluindo extorsão, adulteração de registos, fraude de identidade e profanação de cadáver. Algumas das acusações referem-se a alegadas violações criminais que Hardin terá cometido enquanto um agente funerário sem licença, mas o suspeito diz-se inocente.

O advogado de Hardin refere que Robert Tate Jr., um ex-agente funerário, pediu a Hardin em 2017 que guardasse as cinzas das pessoas cujas famílias não as tinham recolhido. “Não teve qualquer compensação. Estava apenas a fazer um serviço para quem precisava dele”, afirma.

Tate, que morreu em Dezembro com 65 anos, não contestou as acusações em Novembro de 2015 depois das autoridades terem encontrado 11 corpos em vários estados de decomposição na sua funerária. Foi condenado a uma semana de prisão e a libertado sob liberdade condicional.

Os restos mortais em Akron foram encontrados por uma mulher que se auto-descreveu como uma “exploradora urbana“, que entrou por uma porta aberta na igreja abandonada e contactou as autoridades após a descoberta.

A defesa de Hardin argumenta que a igreja não estava abandonada, mas sim que o arguido estava impedido de ir ao edifício depois de ter sido colocado em prisão domiciliária enquanto aguarda julgamento.

O homem já tinha sido acusado em Setembro de 37 crimes por liderar uma agência funerária sem licenças, depois de ter sido aberta uma investigação após uma denúncia telefónica de alguém que viu um corpo a ser levado de uma carrinha para um edifício.

Hardin defendeu-se dizendo que estava apenas a oferecer um serviço de transporte e lavagem dos corpos a baixos preços e o seu advogado afirma que a lei estadual não obriga a que se tenha uma licença funerária para se poder enterrar alguém.

ZAP //

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