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Expedição oceânica da Nasa vai completar os mapas de recifes de coral de Darwin

NASA

Imagem aérea da Grande Barreira de Corais da Austrália, uma das inúmeras que vão ser estudadas pelo CORAL no início deste ano

Imagem aérea da Grande Barreira de Corais da Austrália, uma das inúmeras que vão ser estudadas pelo CORAL no início deste ano

A NASA vai lançar em 2016 uma nova expedição, que durará três anos – mas desta vez, o alvo não será o espaço.

A agência espacial americana vai usar instrumentos avançados em aviões e na água para examinar os recifes de coral ao todo o mundo, prometendo oferecer detalhes até agora desconhecidos dos investigadores.

A nova campanha CORAL – Laboratório Aéreo de Recifes de Coral, da NASA, vai medir diversos dados biológicos destes ecossistemas ameaçados e criar uma base de dados única.

Operado pela NOAA – National Oceanic and Atmospheric Administration, a agência norte-americana de estudos meteorológicos e oceanográficos, o projecto prevê e relata as condições dos recifes de coral nas regiões tropicais, que são aquelas onde existem essas formações.

Os especialistas da NASA recordam que o primeiro mapeamento dos recifes de coral e da sua distribuição no mundo foi feito por Charles Darwin, durante a sua viagem no Beagle, de 1832 a 1836.

Após o regresso do naturalista, um dos trabalhos que conferiu maior respeito científico a Darwin foi a teoria da origem dos recifes, que o grande cientista apresentou à Sociedade Geológica de Londres, a 31 de maio de 1837.

Em 1842, Darwin publicou The Structure and Distribution of Coral Reefs, um mapa da estrutura e distribuição dos corais no mundo.

NASA

O mapa da distribuição dos corais de recife de Darwin

O mapa da distribuição dos corais de recife de Darwin

Os recifes de coral são formações resultantes do acumulação de corais e de calcário de certas algas que, com o tempo e em condições favoráveis, se transformam numa ilha ou, pelo menos num atol – uma ilha oceânica em forma de anel.

Nestas ilhas, surgem estruturas coralíneas e de outros invertebrados, com o nascimento de uma lagoa interna, sem nenhuma ligação aparente com as rochas da crosta.

São ecossistemas com grande produtividade e biodiversidade, e em muitos casos permitem pescarias intensas e turismo.

A própria rocha é também utilizada na construção, principalmente no caso recifes que já se integraram em terra firme – sempre com necessários cuidados de protecção ambiental.

usfwspacific / Flickr

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EcoD

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