Um responsável dos serviços de informação do Reino Unido disse que há soldados russos desmoralizados na Ucrânia a desobedecer a ordens e a sabotar o próprio equipamento, tendo abatido acidentalmente um dos seus aviões.
Jeremy Fleming, que dirige a agência de espionagem eletrónica GCHQ, fez estas declarações na capital australiana, Camberra.
O Presidente russo, Vladimir Putin, aparentemente, “julgou substancialmente mal” a invasão, disse.
“É evidente que ele julgou mal a resistência do povo ucraniano. Ele subestimou a força da coligação que as suas ações iriam galvanizar. Subestimou as consequências económicas do regime de sanções, e sobrestimou as capacidades dos seus militares para assegurar uma vitória rápida”, defendeu.
“Vimos soldados russos, com falta de armas e moral, recusarem-se a cumprir ordens, sabotarem o próprio equipamento e até a abaterem acidentalmente um dos seus aviões”, acrescentou.
Fleming elogiou a “operação de informação” do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, por ser altamente eficaz na luta contra a campanha maciça de desinformação da Rússia.
Embora houvesse expectativas de que a Rússia ia lançar um grande ataque cibernético como parte da campanha militar, Fleming disse que tal movimento nunca foi uma parte central da estratégia padrão de Moscovo para a guerra.
Mercenários para Donbass
Os Estados Unidos garantiram esta quarta-feira que identificaram “sinais” de que a Rússia planeia enviar “cerca de 1.000 mercenários” para a região do Donbass, no leste da Ucrânia, para intensificar a sua ofensiva naquele território.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse em conferência de imprensa que há indícios de que o Kremlin procura contratar esses mercenários através do grupo Wagner, uma organização paramilitar privada com paramilitares e forças especiais chechenas.
John Kirby assegurou que o grupo Wagner – também apoiado pelo Kremlin – estaria a tentar recrutar os mercenários na Síria e em países do norte de África, como a Líbia, para os enviar para o Donbass, onde priorizou a sua operação militar.
Os Estados Unidos têm vindo a alertar há semanas para a possibilidade de que a Rússia esteja a recrutar combatentes sírios para as suas fileiras na Ucrânia, sem que haja qualquer evidência de que isso esteja a acontecer este momento.
Na segunda-feira, o Ministério da Defesa britânico afirmou que mercenários da Wagner foram mobilizados para o leste da Ucrânia, estimando que mais de 1.000 combatentes deste grupo paramilitar poderiam ser destacados para o conflito.
“Espera-se que sejam enviados mais de 1.000 mercenários, incluindo oficiais desta organização, para realizar operações de combate”, acrescentou a Defesa britânica numa atualização sobre o conflito russo-ucraniano, divulgada na rede social Twitter.
Retirada russa da central nuclear de Chernobyl
As forças russas começaram a retirar-se da central nuclear de Chernobyl, que controlam desde os primeiros dias da invasão na Ucrânia, e do aeroporto de Gostomel, perto de Kiev, revelou, esta quarta-feira, fonte do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
De acordo com um alto funcionário do Pentágono, o exército russo começou a retirar-se do aeroporto de Gostomel, a noroeste de Kiev, e está a reposicionar-se de Chernobyl, deslocando-se para a Bielorrússia.
“Entendemos que estão a sair, mas não consigo dizer se estão todos a ir embora“, acrescentou a mesma fonte, citada pela agência France Presse (AFP) e que falou sob a condição de anonimato.
Desde 9 de março que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) deixou de receber dados diretamente da central nuclear onde ocorreu em 1986 o maior acidente radioativo da história.
Ainda no domingo, a agência das Nações Unidas voltou a manifestar preocupação com a falta de rotatividade dos funcionários desta central desde 20 de março.
A agência para o nuclear da ONU, indicou na terça-feira, que o seu diretor-geral está na Ucrânia para discutir com responsáveis do governo a disponibilização de “assistência técnica urgente” para garantir a segurança das instalações nucleares do país.
Desde o início da ofensiva militar russa, há mais de um mês, Rafael Grossi tem alertado para os perigos desta guerra, a primeira num país com uma grande capacidade nuclear — 15 reatores em quatro centrais em atividade e vários depósitos de resíduos nucleares.
As forças russas controlam ainda a maior central nuclear da Europa, em Zaporijia.
ZAP // Lusa
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Comentários para quê? Uma das mais fortes especialidades da Inglaterra na II Guerra Mundial sempre foi a propaganda e a contra-informação, os atuais propagandistas apenas refinam o que já sabiam fazer…
A Rússia não tem dinheiro nem estava à espera da resistência que encontrou. Quer o Putin queira, quer não, a Rússia está claramente a passar por um novo Afeganistão. E vão perder também esta guerra. Até porque em 10 anos de guerra no Afeganistão perderem 15 mil soldados. Neste momento, e apenas decorrido um mês, já levam seguramente mais de metade desse número. Basta avaliar pelo equipamento que já perderam.
Esta guerra é totalmente insustentável para um país pobre como a Rússia.
hahahahahah não me faças rir…
A Russia é a unica que diz a verdade, especialmente ao seu povo! Não é?
Está à vista de todos, não é preciso propaganda para perceber que correu mal aos russos, e pagar muito caro por este erro!
Aprende que não duro sempre!
Mas há alguém melhor do que a Rússia em propaganda?? Além da Igreja Católica, claro….
Coitada da Inglaterra; nem aos calcanhares da Rússia chega… e não é só na propaganda – o russo morto por envenenamento, na Inglaterra, a mando do Putin que o diga…
Deixa-me aplaudir a ineficácia das forças russas.. até as armas nucleares não funcionam.
A NATO tem a bomba de microondas que ao ser lançada ….os mísseis nucleares russos não conseguem sair dos silos. Ah.hhhh . Deixa-me aplaudir a NATO… ninguém tem mais estas armas
Muito Facebook/YouTube, certamente…
Ho Cambada!!! Cuidado com notícias falsas…Isto foi apenas “exercícios militares….”
Isto foi somente para se livrarem do armamento com caruncho…
A desnazificaçao parece que vai ser feita é dentro da Rússia pelas mãos do povo Russo…
Quando a razão não está do nosso lado é difícil as coisas correrem bem, é o que acontece a este louco sanguinário e à sua equipa de protegidos todos eles autênticas sanguessugas do povo russo há largas décadas vivendo sempre debaixo de regimes ditatoriais e submissos como povos da idade média!