Um exame simples aos olhos pode detetar Parkinson até sete anos antes do diagnóstico

O exame pode detetar os primeiros sinais de Parkinson vários anos antes de ser possível fazer um diagnóstico oficial, o pode permitir aos pacientes fazer mudanças no estilo de que vida que reduzam o impacto da doença.

Numa descoberta revolucionária, os cientistas identificaram um marcador na retina que poderá indicar o início da doença de Parkinson vários anos antes de esta ser oficialmente diagnosticada. Esta revelação pode abrir caminho para intervenções precoces que ajudem a mitigar o impacto da doença.

O estudo publicado na Neurology explica a associação entre a imagiologia retiniana e sua associação com a doença de Parkinson utilizando a base de dados AlzEye. Este conjunto incluía dados de mais de 154 830 pacientes e 67 311 voluntários, todos com 40 anos ou mais.

Exames post-mortem de pacientes diagnosticados com Parkinson mostraram anormalidades na camada nuclear interna (INL) da retina. Adicionalmente, foi observada uma camada plexiforme interna de células ganglionares (GCIPL) mais fina em comparação com indivíduos sem a doença.

Notavelmente, esta é a primeira vez que a INL foi associada ao Parkinson como um potencial marcador de risco. Além disso, a capacidade de deteção precoce deste marcador, quase sete anos antes do diagnóstico oficial, é sem precedentes.

“Descobrir os primeiros sinais de doenças dá às pessoas a oportunidade de adaptar o seu estilo de vida e dá aos clínicos a oportunidade de intervir, atrasando potencialmente distúrbios neurodegenerativos”, explica Siegfried Wagner, autor principal do estudo.

Com a assistência de exames de tomografia de coerência ótica (OCT) em 3D, os cientistas conseguem ter uma visão detalhada da retina. Estes exames, combinados com a aprendizagem automática de inteligência artificial, podem identificar rapidamente vários indicadores relacionados com a saúde.

Esta técnica está a ganhar terreno pela sua potencialidade na deteção de riscos precoces, permitindo intervenções atempadas, escreve o New Atlas.

Embora estas descobertas sejam promissoras, são necessárias mais pesquisas para discernir a relação entre GCIPL e INL e determinar se a degradação de uma leva à outra.

ZAP //

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