Ex-Presidente da Coreia do Sul vai ser julgada outra vez por receber subornos

Song Kyung-Seok / EPA

O Supremo Tribunal da Coreia do Sul ordenou esta quinta-feira que a ex-Presidente sul-coreana Park Geun-hye seja novamente julgada, após ter sido condenada por corrupção num caso que levou à sua destituição em 2017.

O mais alto tribunal sul-coreano devolveu o caso ao tribunal do distrito central de Seul, que em abril do ano passado condenou a conservadora Park a 24 anos de cadeia pelo seu papel no escândalo que ficou conhecido como “Rasputin”.

Park ordenou à defesa que não recorresse da sentença, alegando que o procedimento não tinha legitimidade e que foi orquestrado pelo atual Governo liberal, com motivações políticas, mas o Ministério Público pediu que a sentença, que considerou leve, fosse revista.

O Supremo Tribunal também ordenou um novo julgamento da herdeira do grupo Samsung, Lee Jae-yong, condenada no mesmo caso que levou à destituição da primeira mulher eleita Presidente na Coreia do Sul.

A ex-Presidente conservadora foi considerada culpada de conspirar com a sua confidente de longa data Choi Soon-sil para receber milhões de dólares em subornos e praticar extorsão de empresas, incluindo o grupo Samsung, enquanto ocupou o palácio presidencial, de 2013 a 2016. Park foi também condenada por fazer uma lista negra de artistas críticos do seu Governo, negando-lhes apoio estatal. Outro crime considerado provado foi ter passado documentos com informação considerada sensível a Choi Soon-sil.

O escândalo em torno dos casos de corrupção da ex-Presidente e do seu processo de destituição provocou enormes manifestações, como não se viam desde a década de 1980, embora a corrupção presidencial seja costumeira na Coreia do Sul.

ZAP // Lusa

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