Ex-médico que abusou sexualmente de mais de 300 ginastas dos EUA esfaqueado na prisão

(cv) Guardian News / Youtube

Antigo médico da seleção de ginástica dos EUA – condenado, em 2018, por ter abusado sexualmente de mais de 300 atletas – foi esfaqueado na prisão.

Larry Nassar, ex-médico da seleção de ginástica dos EUA, foi esfaqueado, no domingo, numa rixa na prisão federal na Flórida.

Em 2018, Larry Nassar foi condenado a uma pena de prisão entre os 40 e os 175 anos por abusar sexualmente das atletas que estavam ao seu cuidado. Foram mais de 300 jovens ginastas.

Fonte da NBC News conta que o antigo médico levou várias facadas durante a rixa – duas no pescoço, duas nas costas e seis no peito -, tendo sofrido também um colapso pulmonar, mas, segundo a agência AP, encontra-se em “condição estável“.

“Nenhum funcionário ou outros presos ficaram feridos, e em nenhum momento estiveram em perigo”, garantiram as autoridades, citadas pela NBC.

“Já foi aberta uma investigação interna”, informaram, acrescentando que o FBI também foi notificado.

A equipa de ginástica norte-americana denunciou Larry Nassar, ao FBI, em julho de 2015, mas este continuou a consultar pacientes na Michigan State University, até ser denunciado por um jornal, em setembro de 2016.

O ex-médico usou a sua posição para abusar de, pelo menos, 330 jovens, incluindo menores e atletas olímpicas.

Cumpre uma pena de 40 a 175 anos pelo cúmulo desses crimes e outra de 60 anos por posse de pornografia infantil.

“Assinei a tua sentença de morte“, foi o que a juíza Rosemarie Aquilina disse, em janeiro de 2018, depois de proferir a sentença do ex-médico, que já se tinha dado como culpado de outros crimes de abuso.

More than 160 women say Larry Nassar sexually abused them. Here are his accusers in their own words. https://t.co/jl2LEDaiDi pic.twitter.com/to4jU0y7hP

— The New York Times (@nytimes) January 24, 2018

Larry Nassar pediu desculpa às vítimas antes da leitura da sentença e manifestou arrependimento, garantindo que iria levar “as vossas palavras até ao fim dos meus dias”. No entanto, a juíza não considerou o pedido desculpas sincero.