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Ex-líder da Juve Leo e mais 3 detidos em prisão preventiva

Carlos Santos / Lusa

O ex-líder da Juventude Leonina, Fernando Mendes, na chegada ao Tribunal do Barreiro

Os quatro detidos na quarta-feira por suspeitas de comparticipação na invasão e agressões ocorridas na Academia do Sporting, em maio, ficaram em prisão preventiva após interrogatório judicial.

Entre estes quatro detidos estão o ex-líder de claque do Sporting Juventude Leonina, Fernando Mendes, e o condutor e os ocupantes da viatura que no dia das agressões entrou nas instalações da Academia do Sporting em Alcochete e retirou alguns dos alegados agressores.

Dos quatro detidos, apenas Joaquim Costa, um dos ocupantes da viatura, não prestou declarações no primeiro interrogatório.

Após esta diligência, em comunicado distribuído aos jornalistas, o tribunal justificou a aplicação da medida de coação mais gravosa, devido aos “tipos de crime que lhes são imputados” e por se verificarem perigo de fuga, perturbação do inquérito, “continuação da atividade criminosa, bem como de grave perturbação da ordem e tranquilidade públicas”.

Nesta argumentação, o juiz assentou a decisão ainda na “natureza dos ilícitos em causa e à visibilidade social que a prática dos mesmos implica, considerando, principalmente, o aumento do número e da gravidade dos comportamentos associados ao fenómeno desportivo”.

De acordo com a Procuradoria Distrital de Lisboa (PGDL), os quatro detidos foram constituídos arguidos “por existirem fortes indícios de comparticipação” na invasão e agressões ocorridas na Academia do Sporting, em 15 de maio.

Segundo a mesma fonte, os factos em causa são “suscetíveis de integrar a prática dos crimes de introdução de lugar vedado ao público, ameaça agravada, ofensa à integridade física qualificada, sequestro, dano com violência, detenção de arma proibida agravada, incêndio florestal, resistência e coação sobre funcionário e terrorismo”.

A 15 de maio, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos, jogadores e ‘staff’.

Na altura a GNR deteve 23 dos atacantes, que permanecem em prisão preventiva.

Desde então, o Sporting tem enfrentado uma crise interna, com várias demissões nos órgãos dirigentes, pedidos de demissão do presidente Bruno de Carvalho e jogadores a rescindirem com justa causa.

O capitão e guarda-redes, Rui Patrício, foi o primeiro a tomar essa decisão. “Fui alvo de violência psicológica e de violência física. Isto não pode deixar de constituir justa causa, para que eu, preservando a minha dignidade, pessoal e profissional, me liberte do contrato que me liga ao Sporting Clube de Portugal”, podia ler-se na carta de rescisão.

Seguiu-se o extremo direito Daniel Podence, mas a imprensa desportiva já deu conta de que mais seis jogadores podem avançar com rescisões por justa causa nos próximos dias, entre eles, Gelson MartinsBas DostWilliam CarvalhoBruno FernandesRodrigo Battaglia e Marcos Acuña.

Esta terça-feira, o Al Hilal confirmou oficialmente Jorge Jesus como o seu novo treinador. O ex-técnico leonino assinou um contrato de uma época, com direito de opção a renovar por mais um ano, com um salário de sete milhões de euros líquidos. O técnico pode ainda ganhar mais três milhões se cumprir “determinados objetivos”.

ZAP // Lusa

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