Ex-director do IRN escapa a processo por corrupção devido a atraso da ministra

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O processo disciplinar aberto ao antigo director do Instituto de Registos e Notariado (IRN), António Figueiredo, que é arguido por corrupção no caso dos Vistos Gold, prescreveu devido a um detalhe burocrático. A autorização da ministra da Justiça da altura, Paula Teixeira da Cruz, não chegou a tempo.

A notícia é avançada pelo jornal Expresso que refere que o processo instaurado pelo próprio IRN ao seu então director prescreveu “porque não foi previamente autorizado pelo Ministério da Justiça”.

O processo disciplinar foi aberto quando António Figueiredo foi detido por suspeitas de corrupção, no âmbito da investigação em torno da atribuição de Vistos Gold.

Mas como era director-geral do IRN, “seria sempre necessária, a fim de ser instaurado um processo de natureza disciplinar, a prolação de despacho pela respectiva tutela ao tempo, o que não sucedeu em prazo, razão pela qual se veio a determinar o seu arquivamento”, explica uma fonte da actual ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, em nota enviada ao Expresso.

Quando o processo disciplinar foi instaurado, em Novembro de 2014, a ministra da Justiça era Paula Teixeira da Cruz que integrava o Governo PSD/CDS.

António Figueiredo foi exonerado do cargo de director-geral precisamente em Novembro de 2014, “a seu pedido”, como frisa o Expresso. Actualmente, continua a trabalhar no IRN, “onde exerce as funções de conservador“, explica o semanário.

Se tivesse sido alvo do referido processo disciplinar, poderia enfrentar como consequência o despedimento.

António Figueiredo aguarda a sentença no âmbito do processo judicial dos Vistos Gold. O Ministério Público pediu uma pena de prisão efectiva de, pelo menos, 8 anos por crimes de prevaricação, tráfico de influência, peculato, recebimento indevido de vantagem e branqueamento de capitais.

ZAP //

5 Comments

  1. atrás deste é que os jornalistas deviam andar, mas tanto ele como a loiraça janada são da casta dos intocáveis então diverte-se o pagode com casas compradas em bom tempo e que não estão à venda e se estivessem o dono não roubou nada a ninguém. desgraça de País onde a borregada cega vai para onde os empurram.

    • Por acaso só sabes disto porque os jornalistas o publicaram )e bem), o outro caso a que te referes tens toda a razão comprou quer vender a ganhar bem é legitimo mas depois de tanto falar contra isso não deixa de ser incoerente e reprovável. 2 casos de jornalismo justo.

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