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Eurovisão rescinde “com efeitos imediatos” com canal chinês

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José Sena Goulão / Lusa

A apresentadora Catarina Furtado na segunda semi-final do Festival Eurovisão 2018

A organização do Festival Eurovisão da Canção rescindiu hoje, “com efeitos imediatos”, a parceria com o canal chinês Hunan TV, por este ter censurado a exibição de duas atuações durante a primeira semifinal do concurso.

Num comunicado divulgado no site oficial do concurso, a União Europeia de Radiofusão, EBU, refere ser “com pena que termina com efeitos imediatos a parceria com a Hunan TV” e que esta “não poderá emitir a segunda semifinal, que decorreu esta quinta-feira na Altice Arena, em Lisboa, nem a final, marcada para sábado no mesmo local”.

As atuações dos representantes da Albânia e da Irlanda, na primeira semifinal do Festival Eurovisão, que decorreu na terça-feira à noite, em Lisboa, foram censuradas na China pela televisão que tem os direitos de emissão do concurso.

De acordo com o jornal chinês Global Times, propriedade do Partido Comunista Chinês, numa notícia publicada no site do jornal, a Hunan TV, um dos canais mais populares da China e que tem os direitos de transmissão do concurso naquele país, além de não ter emitido as atuações da Albânia e da Irlanda, censurou bandeiras LGBT, agitadas por pessoas que assistam ao vivo ao espetáculo, na Altice Arena, no Parque das Nações.

No comunicado, a EBU refere apenas que “duas atuações foram censuradas”, não especificando quais, sublinhando que esta decisão “não está em linha com valores de universalidade e inclusão da EBU, bem como da orgulhosa tradição de celebrar a diversidade através da música”.

De acordo com o Global Times, a canção albanesa terá sido retirada da transmissão porque o cantor, Eugent Bushpepa, “tem tatuagens”, e a da Irlanda, por se tratar de um tema que “descreve uma relação homossexual”.

Em janeiro, lembra o jornal, a entidade reguladora chinesa dos media proibiu a transmissão de tatuagens e outros elementos de subculturas, medida que gerou bastante controvérsia.

Segundo o Global Times, em abril, um festival de música daquele país “proibiu os artistas de mostrarem as tatuagens em palco, depois de os jogadores da seleção nacional de futebol terem coberto as tatuagens nos jogos que disputaram em março”.

Tanto a canção da Albânia, “Mall”, como a da Irlanda, “Together”, interpretada por Ryan O’Shaughnessy, passaram à final do concurso, o que significa que voltarão a ser interpretadas no palco da Altice Arena no sábado.

A Hunan TV adquiriu este ano, pelo quarto ano consecutivo, os direitos de transmissão do Festival Eurovisão da Canção, e transmite as semifinais e a final ‘online’.

A 63.ª edição do Festival Eurovisão da Canção realiza-se em Lisboa, pela primeira vez. Portugal acolhe o concurso por ter sido o vencedor na edição do ano passado, com a canção “Amar pelos dois”, interpretada por Salvador Sobral.

Na final do concurso competem 26 canções. Seis têm entrada direta – a de Portugal, por ser o país anfitrião, e as dos países do chamado grupo dos ‘Big5’ (Espanha, Reino Unido, Alemanha, Itália e França) -, dez foram apuradas na primeira semifinal, e as restantes dez são escolhidas hoje, durante a segunda semifinal.

// Lusa

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4 Comments

  1. bem vejo, que afinal uso de linguagem for do normal não a problema, vejo que o sugeito que se faz chamar de eu deve ser alguem intocavel para o Zap, é triste isso, mas pronto como disse em outra mensagem até foi bom que não deixa-se passar que afinal seria dar importancia a um parasita

      • mas era bom que tambem tentace ataques de leitores aos outros, isso voces nada fazem para isso, porque apesar não ser usado insultos, na forma que esse sugeito faz é insultar as pessoas.. mas como se diz uns são filhos de mãe….. se uns tem direito de sempre tentar atinjir os outros e os que são atingidos e nada pode dizer, isso significa não haver igualdade de actuação.. porque se fosse a primeira vez que esse flano faz o isso e nada foi feito

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