Se quiserem continuar a viver no Reino Unidos, os cidadãos europeus vão ter de pedir uma autorização de residência permanente. O Governo britânico prometeu um sistema fácil para quem quiser permanecer no país.
Os cidadãos europeus que quiserem continuar a viver no Reino Unido depois do Brexit vão ter de passar por um processo “curto, simples e amigo do utilizador”, anunciou o Governo britânico.
Desta forma, cada cidadão europeu que queira permanecer no Reino Unido terá de pagar 65 libras, 74 euros, ou metade caso seja criança. Segundo o Diário de Notícias, espera-se que de 3,2 a 3,8 milhões de europeus submetam o pedido, que será feito online ou através de um aplicação.
Os cidadãos que vivam há mais de cinco anos em território britânico, vão manter os mesmos direitos. O mesmo se aplica aos seus familiares próximos.
De acordo com a RTP, aqueles que não cumprem o requisito dos cinco anos, receberão um visto de pré-residência e, a partir daí, podem morar mais cinco anos no país, altura em que deverão requerer a residência permanente.
“Com este esquema estamos a cumprir o nosso compromisso de garantir os direitos dos cidadãos da União Europeia que já estão neste país, e que contribuem de muitas maneiras, a trabalhar, estudar ou por outros motivos”, disse o ministro do Interior, Sajid Javid.
Já Sadiq Khan, mayor de Londres, criticou o facto de os requerentes terem de pagar a quantia de 74 euros. “É dececionante que o Governo não tenha usado esta oportunidade para dar uma demonstração de boa vontade aos cidadãos da União Europeia ao fazer deste um processo livre de encargos aos residentes no nosso país”, disse.
Ainda assim, o procedimento vai ser “o mais simples possível” e espera-se que esteja totalmente operacional até ao final de março de 2019. O sistema, que estará disponível online ou através de um aplicação, irá pedir aos cidadãos que provem a sua residência no Reino Unido, a sua identidade e que não tenham registo criminal grave.
Apesar de as negociações para o acordo do Brexit ainda não estarem concluídas, o Governo britânico afirmou que está a ter em conta o acordo preliminar, alcançado em dezembro do ano passado, no qual Londres e Bruxelas delinearam um acordo para garantir que, depois do Brexit, os cidadãos europeus a residir no Reino Unido fossem preservados.