Eurodeputado francês quer distinguir Lula da Silva com Prémio Sakharov

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O antigo militante do partido socialista francês, Emmanuel Maurel está a recolher assinaturas entre os Eurodeputados, para candidatar o ex-presidente brasileiro ao prémio Sakharov de 2019.

Entrevistado em Bruxelas pela TSF, o membro da Esquerda Unitária Europeia considera que Lula seria um justo vencedor do prémio, não só para chamar a atenção para as condições em que foi acusado e julgado por corrupção, mas também pelo desempenho enquanto político.

O eurodeputado francês, Emmanuel Maurel considera que “a situação de Urgência” relativa às condições da prisão de Lula da Silva é, por si só, uma razão suficiente para a atribuição do prémio ao ex-presidente do Brasil.

Hoje Lula está preso em condições difíceis. Falamos de uma mudança de prisão, para uma prisão de direito comum, onde a sua segurança não está de todo garantida”, afirmou o Emmanuel Maurel, argumentando ainda que a prisão de Lula da Silva é injusta.

“O julgamento com o qual foi confrontado é, pelo menos, controverso ou até escandaloso. Porque hoje temos muitas evidências para provar que estávamos perante algo truncado por opositores políticos, que queriam eliminá-lo completamente”, disse o eurodeputado, observando que “o novo Ministro da Justiça – nada mais do que o juiz Sergio Moro -, condenou Lula e foi promovido por Bolsonaro”.

Por estas razões, Emmanuel Maurel entende que o Parlamento Europeu não deveria hesitar na nomeação de Lula da Silva para um prémio que já foi atribuído a Nelson Mandela, ou Xanana Gusmão, ou a Malala.

“A Europa ficaria honrada em defender esse ex-presidente, mesmo que tenha com ele discordâncias. O problema não é esse. A questão é que não pode usar-se a justiça para fins políticos e eliminar completamente os opositores”, vincou.

Ainda na fase de recolha de assinaturas entre os eurodeputados, para tentar candidatar Lula da Silva, o deputado do grupo da esquerda unitária europeia espera que o ex-presidente brasileiro venha a receber o prémio de direitos humanos.

“Vou bater-me por isso, depois veremos”, disse o político Francês, à espera de recolher a assinatura de 40 deputados. Os candidatos são conhecidos ainda este mês. O vencedor será anunciado em outubro.

Emmanuel Maurel chegou a candidatar-se à liderança do Partido Socialista francês, mas a derrota no congresso de abril de 2018 seria determinante para a decisão de se desvincular do partido, meses mais tarde. Maurel é membro fundador do partido Esquerda Republicana Socialista, no qual milita desde o ano passado.

Nesta entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, condena ainda a atuação do atual presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, tanto do ponto de vista interno, em relação à Amazónia, como a nível internacional, tendo em conta a forma “mal educada” como se referiu à primeira dama francesa. “Não é uma coisa digna de um Chefe de Estado”, criticou o eurodeputado, lembrando que “um chefe de Estado deve ser um diplomata, deve ser racional, [e] deve ser respeitoso”.

O senhor Bolsonaro comportou-se como uma pessoa muito mal-educada e obviamente, presta um mau serviço até mesmo ao Brasil. Aquilo não se faz”, acrescentou, considerando que “isto é verdade para todos os chefes de Estado do planeta” e não apenas sem querer estender as criticas ao Brasil “que é um país muito grande e, além disso, um país amigo muito grande”.

Sobre os incêndios na Amazónia, o eurodeputado do Grupo da Esquerda Unitária, e da Esquerda Nórdica Verde considera que o problema “não é apenas técnico”, havendo um “problema político”, que exigia que fosse resolvido “politicamente”.

“Poucos dias antes dos primeiros incêndios, tínhamos grandes proprietários de terras a dizerem que, fosse como fosse, fariam muito trabalho de desflorestação. Eu creio que as autoridades não fizeram nada para o impedir, até mesmo o encorajaram”, disse.

“Hoje, porém, a situação é tão dramática que, pelo que entendi, o governo brasileiro começa a dar-se conta que algo precisa ser feito”, admite, salientando que “não é um problema técnico, mas amplamente um problema político”

ZAP //

13 Comments

    • vejo que alguém acompanha meu raciocínio

      França não liga pro meio ambiente o problema é que agora o brasil conseguiu assinar o acordo U.E. Mercosul e os fazendeiros e pecuaristas da França vai ter sérios problemas pra compensar as perdas que vem por aí (a França e quem mais saiu perdendo no acordo)

      Se a França se preocupasse com o meio ambiente não teria feito mais de 170 testes com explosão nuclear no mar da Ásia até 1996 além de 17 teste no saaha argelino nos anos 70 testes que estes que ocorreram antes e depois da independência da Argélia como colônia francesa deixando milhares de pessoas contaminadas com câncer e que nunca tiveram nenhuma indenização ou assistência médica

  1. Sabe de nada, este bandido e sua quadrilha destruíram a economia brasileira, sua prisão em local especial na sede da Polícia Federal tem custado milhares de Reais aos cofres públicos

  2. Iniciativas como essa são de uma insensatez absoluta. Lula montou a maior quadrilha de ladrões aos cofres públicos brasileiros, dando monta a uma roubalheira que jamais será recuperada pelo povo brasileiro. E ainda a ser homenageado? Sinal dos tempos em que vivemos. Uma lástima.

  3. Outra macronada globalista um prémio para o lula só se for o do maior ladrão do mundo… …..eles andam doidos pois estão a perder os milhões que esse bandido roubava ao povo para distribuir aos globalistas comunistas.

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