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EUA preveem sanções contra Pequim em defesa da comunidade uigur

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que prevê sanções contra altos funcionários chineses devido à repressão contra a comunidade uigur, uma minoria muçulmana da província de Xinjiang.

Este ano, uma investigação da BBC denunciava a China de separar deliberadamente crianças muçulmanas das suas famílias na região de Xinjiang, no noroeste do país, parte de uma campanha para ‘achinesar’ a minoria étnica uigur. Numa ação inédita, 22 países da ONU assinaram uma carta que condena a repressão chinesa sobre a comunidade de muçulmanos uigures. Os Estados Unidos não assinaram.

Agora, sensivelmente cinco meses depois, Washington assume uma posição protetora dos Uigures, aprovando com esmagadora maioria (407 votos a favor e 1 contra) um projeto de lei que visa apelar ao encerramento dos campos de detenção em massa em Xinjiang e sancionar altos funcionários chineses desta província chinesa, noticia o Expresso. O principal visado é o secretário do Partido Comunista para Xinjiang, Chen Quanguo.

Antes de o projeto ser enviado ao presidente norte-americano, Donald Trump, tem de ser aprovado pelo Senado. A Casa Branca ainda não sugeriu qual será a posição de Trump em relação ao assunto.

O Executivo chinês não ficou muito contente ao saber das notícias e prometeu retaliar “em proporção” caso o projeto de lei seja promulgado. Pequim nega categoricamente as acusações de reprimir a comunidade uigur e defende que este projeto de lei “desacredita arrogantemente os esforços da China para combater o terrorismo“.

Instamos os EUA a corrigirem imediatamente os seus erros, impedirem que o projeto de lei relativo a Xinjiang seja promulgado e pararem de usar questões relacionadas com Xinjiang para interferirem nos assuntos internos da China. A China responderá em conformidade ao desenvolvimento da situação”, disse o ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, em comunicado.

Depois de a BBC ter denunciado os campos de doutrinação, em julho, Pequim disse que estes se tratavam de “centros de formação vocacional”, que visavam integrar os uigures na sociedade.

ZAP //

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