Oficiais de saúde do Missouri recusaram-se a renovar a licença da última clínica do estado que realiza abortos. Por enquanto, a instalação de St. Louis continuará o trabalho, protegida pela ordem de um juiz que ainda permanece em vigor.
Segundo noticiou a NPR na sexta-feira, no início deste mês, um juiz do Tribunal de St. Louis concedeu o pedido da organização Planned Parenthood para impedir temporariamente que os oficiais do estado revogassem a licença da clínica. Mas o destino final da clínica ainda não foi determinado.
Numa audiência na sexta-feira, o juiz Michael Stelzer disse que não está claro quando o tribunal chegará a uma decisão final sobre se o estado pode interromper os serviços de aborto na clínica, administrada pela Planned Parenthood, informou a St. Louis Public Radio.
Se os esforços autoridades de saúde forem bem-sucedidos, o Missouri tornar-se-á no único estado dos EUA sem uma clínica que realize esse procedimento. Essas mesmas autoridades apontaram várias preocupações sobre as operações e a qualidade dos cuidados na clínica de St. Louis, como a NPR já tinha relatado.
A vitória de curto prazo obtida na sexta-feira foi cautelosamente aplaudida por Leana Wen, presidente e diretora executiva da Planned Parenthood.
“Esta luta está longe de terminar: continuaremos a fazer tudo o que pudermos para manter, proteger e expandir o acesso a um atendimento seguro e legal ao aborto para os nossos pacientes”, disse.
O Missouri é um dos cerca de dez estados que aprovaram este ano leis para restringir o acesso ao aborto. Os defensores dessas alterações alegam que as mesmas são uma tentativa de revisão da decisão de 1973, que legalizou o aborto em todo o país.
Em maio, o governador do Missouri, o republicano Mike Parson, assinou uma lei que criminaliza quase todos os abortos no estado depois das oito semanas de gravidez. Segundo a mesma, qualquer pessoa que fizer um aborto depois dessa fase pode ser acusada de um crime punível com pena de prisão de cinco a quinze anos.