Thomas Peter / EPA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o presidente da China, Xi Jinping
Estados Unidos e China anunciaram, esta segunda-feira, uma pausa nas tarifas para negociações de 90 dias. O acordo Washington e Pequim entra formalmente em vigor na quarta-feira
A suspensão por 90 dias da maioria dos direitos aduaneiros entre EUA e China entra em vigor na quarta-feira, marcando um abrandamento na guerra comercial que abalou a economia mundial.
O anuncio foi feito pelos representantes das duas maiores potências económicas do mundo numa declaração conjunta publicada hoje, após dois dias de negociações em Genebra, Suíça.
Estas decisões reduzem temporariamente os direitos aduaneiros norte-americanos sobre a República Popular da China para 30% e os direitos aduaneiros chineses sobre os Estados Unidos para 10% – anunciou o representante comercial norte-americano, Jamieson Greer.
As duas partes vão agora negociar durante um período de 90 dias.
De acordo com a declaração conjunta, os dois países concordaram igualmente em estabelecer um mecanismo para prosseguir as discussões sobre as relações comerciais e económicas.
No decorrer desta manhã, a Presidência dos Estados Unidos congratulou-se com o que designou ser um novo acordo comercial com Pequim, sem dar mais pormenores.
Em termos concretos, as duas partes concordam em suspender sobretaxas de 115 pontos percentuais que tinham imposto uma à outra nas últimas semanas, no âmbito de uma guerra de iniciada em abril pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Alívio nos mercados financeiros
O anúncio desta “trégua” trouxe alívio aos mercados financeiros, com a bolsa da Região Administrativa Especial de Hong Kong a subir mais de 3% nos minutos que se seguiram à publicação da declaração conjunta.
O dólar norte-americano, que tinha sofrido com a guerra comercial, recuperou face ao iene e ao euro.
“Nenhum dos lados quer uma dissociação das próprias economias”, afirmou o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent acrescentando que Washington pretende uma relação comercial mais equilibrada.
Bessent disse ainda que as barreiras alfandegárias introduzidas nos últimos meses criaram de facto um embargo ao comércio entre os dois países.
A fim da estabilidade mundial
A redução destes direitos aduaneiros é “do interesse comum do mundo”, afirmou o Ministério do Comércio chinês, saudando o que considerou “progressos substanciais” nas negociações comerciais com Washington.
A trégua anunciada foi o resultado de dois dias de negociações em Genebra entre Bessent e Greer, por parte dos Estados Unidos, e o vice-primeiro ministro chinês He Lifeng, por parte da República Popular da China.
Tratou-se da primeira reunião direta entre altos funcionários dos dois países desde que Trump impôs uma sobretaxa de 145% sobre os produtos provenientes da China, no início de abril, além dos direitos aduaneiros pré-existentes.
Pequim, que prometeu lutar contra as sobretaxas “até ao fim”, retaliou com tarifas de 125% sobre os produtos norte-americanos.
Bessent disse, esta segunda-feira, que os dois países têm interesse num comércio equilibrado apelando à República Popular da China para que “se abra a mais produtos norte-americanos”.
ZAP // Lusa
Guerra das Tarifas
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12 Maio, 2025 EUA e China anunciam pausa nas tarifas
Isto foi o que o Trump fez desde o início, forçar negociações. Ele não quer impedir comércio algum e sabe a importância de boas relações comerciais com todos os países, mas da forma como os produtos americanos eram taxados, eles estavam a ser extorquidos… Agora é ver as bolsas e mercados a voar!
O Trump, nem sabe o que anda para ali a fazer. Meteu-se com. a China e depois teve de voltar atrás. Se todos fizessem o mesmo ele baixava a bolinha. Até a tabela que partilhou para justificar as tarifas, nada tinha a ver com tarifas. Infelizmente e por esta resposta não é só os americanos que ele está a enganar.