EUA cedem aos pedidos de Kiev e enviam armamento com maior alcance. Ucrânia “perde 60 a 100 soldados” por dia

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Sergei Ilnitsky / EPA

O novo pacote de ajuda de armas à Ucrânia, avaliado em 700 milhões de dólares (cerca de 652 milhões de euros), deve ser apresentado esta quarta-feira.

Joe Biden concordou em fornecer à Ucrânia sistemas avançados de rockets médio alcance que podem atacar com precisão alvos russos a até 80 quilómetros de distância, detalha o Público.

Para que os Estados Unidos cedessem, as autoridades ucranianas tiveram de dar garantias de que não usariam as armas para atacar alvos dentro da Rússia. Segundo um alto funcionário norte-americano, citado pela Reuters, se tal acontecesse poderia arriscar uma escalada no conflito e provocar retaliação russa contra os EUA.

“O objetivo da América é direto: queremos ver uma Ucrânia democrática, independente, soberana e próspera com os meios para dissuadir e defender-se contra novas agressões”, disse Joe Biden. “Não procuramos uma guerra entre a NATO e a Rússia.”

Nas suas declarações, o Presidente norte-americano acrescentou que acredita que a invasão da Ucrânia vai terminar por meio da diplomacia, mas que os EUA devem fornecer armas e munições para dar ao país uma maior alavancagem na mesa de negociações.

“Foi por isso que decidi fornecer aos ucranianos sistemas de foguetes e munições mais avançados que lhes permitirão atacar com mais precisão os principais alvos no campo de batalha na Ucrânia”, salientou.

O novo pacote também inclui outro tipo de munições, vários radares de vigilância aérea, mísseis antitanque Javelin e armas antiblindagem.

“Estamos a perder 60 a 100 soldados” por dia

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que a situação no leste do país “é muito difícil” e que está a perder entre 60 a 100 soldados por dia na guerra que já dura há mais de três meses.

“A situação no leste é muito difícil. Estamos a perder entre 60 a 100 soldados todos os dias”, disse em entrevista ao canal Newsmax, citada pela CNN .

O governante acrescentou ainda que a Rússia está a bloquear “22,5 milhões de toneladas de grãos”, pelo que, perante esta realidade e para se obter uma saída por via marítima para os cereais retidos, o país precisa de “armas de alcance efetivo de 120 a 140 quilómetros”.

“Sei que algumas pessoas nos Estados Unidos e na Casa Branca estão a dizer que podemos usar essas armas para atacar a Rússia: não planeamos atacar a Rússia, não estamos interessados na Federação Russa. Não estamos a lutar no território deles”, referiu Zelenskyy.

Canadá sanciona aliados de Putin

O Canadá puniu, esta terça-feira, 21 russos, aliados do Presidente da Rússia, e quatro instituições financeiras e entidades bancárias, numa nova onda de sanções em retaliação à invasão da Ucrânia.

“Estamos a atingir bancos e oligarcas próximos do regime de Putin, assim como aquela que eu chamaria de sua parceira”, disse a ministra canadiana dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, a jornalistas em Otava.

Entre os visados pelas novas sanções encontra-se Alina Kabaeva, uma antiga ginasta olímpica russa que, segundo alguns meios de comunicação social e opositores, tem uma relação com o chefe de Estado russo, que negou em 2008.

De acordo com artigo recente do Wall Street Journal, que cita autoridades norte-americanas, Alina Kabaeva é descrita por um relatório confidencial da inteligência dos Estados Unidos como beneficiária da fortuna de Vladimir Putin.

A antiga ginasta é a “presidente do conselho do National Media Group (MNG), uma ‘holding’ que detém ações significativas em quase todos os principais meios de comunicação federais russos que reproduzem propaganda do Governo russo”, segundo o Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE).

O Canadá também adicionou o Banco Agrícola Russo a esta lista, bem como o Investtradebank e duas empresas de gestão de fundos. Os seus bens estão congelados e os seus líderes estão proibidos de pisar território canadiano.

Mélanie Joly disse que as sanções visam “sufocar o regime de Putin” e elogiou a União Europeia por proibir a maior parte das importações de petróleo russo na segunda-feira até ao final do ano, a fim de congelar o financiamento da guerra de Moscovo na Ucrânia.

ZAP // Lusa

6 Comments

  1. O Idiota do Justin está a ir no caminho contrário que o seu pai, Pierre Elliot Trudeau, tomou. O de ter um Canadá livre e independente dos Estados Unidos com direito a posições e opiniões soberanas, e não submissas.
    O menino Justin já não se deve lembrar das férias que passava na União Soviética, com a Família, quando o seu Paizinho era primeiro-ministro do Canadá (o melhor). O que punha os ‘amaricanos’ com os cabelos em pé,…
    Hehehehehe

  2. Os EUA devem achar que o número de mortos em tiroteios no seu próprio país é pouco, e portanto tentam arrajar maneira de haver mais mortos notros países. Graças à “ajuda” americana, haverá ainda muitos milhares de ucranianos que vão ser mortos antes da guerra acabar. Parabéns!… Mas com um bocadinho de sorte muitas das armas enviadas para a Ucrânia vão acabar nas mãos de terroristas, que as utilizarão para matar americanos…

    • Mas os americanos até estão dispostos a fornecer armas directamente a terroristas – veja-se o apoio à Al-Quaeda e ao ISIS na Síria para tentar derrubar o Assad, por exemplo. Apoiaram os nazis da Ucrânia no golpe de 2014… Nada de novo, foi com o apoio da CIA que o Presidente Allende, democraticamente eleito, foi assassinado pelos golpistas liderados por Pinochet, que a sanguinária ditadura militar argentina chegou ao poder, etc, etc. É uma longuíssima lista, sempre na vanguarda da defesa da ‘democracia’ e dos ‘direitos humanos’! O sofrimento do povo ucraniano, tal como do povo iraquiano, ou sírio, não lhes tira o sono… são ‘danos colaterais’…

  3. Por enquanto a guerra nuclear global não nos ameaça. Os discípulos perguntaram a Jesus: “Conte para nós quando é que isso vai acontecer. Que sinal haverá para mostrar quando é que todas essas coisas vão começar?” (Marcos 13:4, NTLH Nova Tradução na Linguagem de Hoje) Jesus disse: “Quando ouvirem falar em guerras e insurreições, que o pânico não se apodere de vocês. De facto, estas coisas têm de acontecer, mas o fim [τελος – neste contexto: cumprimento (do sinal)] não chegará imediatamente.” (Lucas 21:9, O Livro)
    “Vocês ouvirão falar de guerras e ameaças de guerras, mas não entrem em pânico. Sim, é necessário que essas [todas (incluindo anunciado em Daniel 11:29)] coisas ocorram, mas ainda não será o fim [τελος – neste contexto: cumprimento (do sinal)].” (Mateus 24:6, NVT)
    A guerra nuclear global (este será o cumprimento do sinal de Jesus) vai começar com um conflito étnico: “Porquanto se levantará nação contra nação” (como em 2008 na Geórgia).
    O profeta Daniel escreve: “No tempo designado [o rei do norte] voltará [as tropas russas voltarão para onde estavam anteriormente estacionadas. Isto também significa ação militar, grande crise, desintegração da União Europeia e da NATO. Muitos países do antigo bloco de Leste voltará à esfera de influência russa]. E entrará no sul [por causa do conflito étnico], mas não serão como antes [Geórgia – 2008] ou como mais tarde [ação militar subseqüente na Europa Oriental também não se transformará em uma conflagração global. Isso acontecerá mais tarde], porque os habitantes das costas de Quitim [o distante Ocidente, ou para ser mais preciso, os americanos] virão contra ele, e (ele) se quebrará [mentalmente], e voltará atrás”. (Daniel 11:29, 30a) Desta vez será uma guerra mundial, não só pelo nome. A “poderosa espada” também será usada. (Apocalipse 6:4) Jesus o caracterizou assim: “coisas atemorizantes [φοβητρα] tanto [τε] quanto [και] extraordinárias [σημεια] do [απ] céu [ουρανου], poderosos [μεγαλα] serão [εσται].” É precisamente por causa disso haverá tremores significativos ao longo de todo o comprimento e largura das regiões [estrategicamente importantes], e fomes e pestes.
    Muitos dos manuscritos contém as palavras “e geadas” [και χειμωνες].
    A Peshitta Aramaica: “וסתוא רורבא נהוון” – “e haverá grandes geadas”. Nós chamamos isso hoje de “inverno nuclear”. (Lucas 21:11)
    Em Marcos 13:8 também há palavras de Jesus: “e desordens” [και ταραχαι].
    A Peshitta Aramaica: “ושגושיא” – “e confusão” (sobre o estado da ordem pública).
    Este sinal extremamente detalhado se encaixa em apenas uma guerra.
    Mas todas essas coisas serão apenas como as primeiras dores de um parto. (Mateus 24:8)
    Este será um sinal de que o “dia do Senhor” (o período de julgamento) realmente começou. (Apocalipse 1:10; 2 Tessalonicenses 2:2)

  4. Os russos vão forçando a tais decisões! Certamente esperavam que o mundo assistisse indiferente a tamanha chacina por parte deles como se de um matadouro de animais se tratasse!

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