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EUA admitem ser possível que tenham bombardeado soldados sírios “por engano”

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O Pentágono admitiu este sábado que é “possível” que bombardeamentos da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos tenham atingido pessoas e viaturas do exército do governo sírio na cidade de Deir al Zor, a leste de Síria.

Em comunicado, o Pentágono assegurou que as forças da coligação internacional julgavam estar a atingir uma posição de um grupo de militares do Estado Islâmico (EI) que estavam a seguir há “uma quantidade significativa de tempo”.

No entanto, segundo o Pentágono, pessoal militar russo advertiu as forças da coligação internacional de que era “possível” que o pessoal e os veículos que estavam a bombardear faziam parte do exército do regime sírio e, então, a coligação internacional decidiu interromper o ataque.

O ataque aéreo da coligação parou imediatamente quando funcionários da coligação foram informados pelas autoridades russas que que era possível que o pessoal e os veículos fizessem parte do exército sírio”, explica o Pentágino num comunicado do Comando Centrar norte-americano.

Na sua nota, o Pentágono assegura que as forças da coligação internacional “não atingiram intencionalmente uma unidade militar síria” e adianta, recordando que a Síria vive “uma complexa situação com várias forças militares e milícias a operar em proximidade”.

“A coligação irá rever este ataque a as circunstâncias que o rodeiam para ver se é possível com ele aprender algumas lições”, conclui o comunicado do Pentágono.

O ataque, que aconteceu no penúltimo dia de uma trégua alcançada por mediação de Washington e Moscovo, no passado dia 09 de setembro, terá causado a morte de pelo menos 30 militares sírios, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, e 60 mortos das forças do regime sírio, segundo as autoridades russas.

Rússia acusa EUA de estar “conivente” com o Estado Islâmico

O Ministério russo dos Negócios Estrangeiros diz ter chegado à “aterradora” conclusão de que os Estados Unidos estão “coniventes” com os terroristas do Estado Islâmico. A informação está a ser citada pela agência russa Tass.

O Kremlin exige agora uma “reunião de emergência” do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir este ataque no aeroporto de Deir al-Zor, na Síria.

“Exigimos de Washington explicações completas e detalhadas e elas devem ser dadas no âmbito do Conselho de Segurança da ONU”, sublinhou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.

Acrescenta o Ministério de Serguei Lavrov que este ataque coloca em risco o acordo de paz assinado por Estados Unidos e Rússia para a Síria.

A Rússia anunciou entretanto que vai convocar uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU.

“O embaixador da Rússia junto da ONU está encarregue de convocar uma reunião de urgência do Conselho de Segurança sobre esta questão”, indicou Maria Zakharova ao canal público Rossia-24.

Exigimos de Washington explicações completas e detalhadas e elas devem ser dadas no âmbito do Conselho de Segurança da ONU”, sublinhou.

ZAP / Lusa

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