Os extraterrestres são produtos da inteligência artificial. É o mais provável

Uma civilização avançada, sobretudo se for uma civilização especial, só existe com a presença de IA.

“Porque os extra-terrestres provavelmente são inteligência artificial”.

O título do artigo de Dirk Schulze-Makuch no portal Big Think pode ser controverso. Mas o especialista em astrobiologia e no estudo de possíveis habitantes noutros planetas explica-se.

Tem havido uma certa obsessão pela inteligência artificial nos últimos meses, por causa do ChatGPT.

Na verdade, este assunto junta duas obsessões dos terrestres: inteligência artificial e encontrar vida inteligente noutros planetas.

É que há o risco, segundo muitos especialistas, de a inteligência artificial se tornar mais inteligente do que a inteligência natural (humana).

Quem explora o Espaço, agradece: a IA é essencial em qualquer programa espacial avançado.

Continuando no Espaço, há uma ideia frequente de que os extra-terrestres, se existem, são mais inteligentes e mais avançados do que nós.

E se os extra-terrestres forem produtos de inteligência artificial?

O especialista acredita que, se um dia alguém de outro planeta visitar a Terra, esse alguém não será uma criatura biológica. Os corpos orgânicos são perecíveis e têm vida curta.

Realisticamente, e mesmo que atingíssemos 80% da velocidade da luz, um humano só conseguiria ir e vir de um planeta que estivesse a apenas 24 anos-luz de distância – e ainda seria preciso estar lá no novo planeta, a explorar. Isso demoraria 40 anos, numa previsão optimista.

Ao factor (falta de) tempo acresce um “pormenor” chamado perigo: asteróides e radiação, por exemplo.

Um ser biológico, natural, não iria resistir quase de certeza. É aí que entram os produtos de inteligência artificial, corpos artificiais que suportariam melhor uma complexa viagem espacial.

“Por esse motivo, não devemos esperar que os alienígenas visitantes sejam criaturas orgânicas”, reforça o cientista.

Outra possibilidade, e até já real nos dias que correm, é criar um ciborgue: um corpo meio natural, meio cibernética. Sim, um Robocop.

Há uma diferença, sempre eventual: os habitantes de outros locais, mais habituados à presença de inteligência artificial, já mudaram a sua perspectiva e decidiram simplesmente aceitar a sua própria mortalidade. E já não estão numa “correria” pela inovação. Já passaram por isso (até nisso serão mais avançados do que nós).

O mais provável é outros planetas serem habitados por inteligência artificial, não pelos seres verdes que apareceram nos nossos filmes.

Por isso, se calhar deveríamos procurar planetas mais adequados para a IA, em vez de procurar sinais biológicos. Em vez de procurar mundos exactamente como o nosso, podemos identificar planetas que recebem uma quantidade muito maior de energia solar e são ricos em silício e certos metais residuais.

Talvez devêssemos procurar “outros Mercúrios”, não “outras Terras”, finaliza Dirk Schulze-Makuch.

ZAP //

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