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Estudo conclui que vacinados transmitem covid tanto como não vacinados, mas por menos tempo

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A carga viral da covid-19 é semelhante entre vacinados e não vacinados, apesar de quem se imunizou estar contagioso durante menos tempo. No entanto, o virologista Paulo Paixão relembra o “impacto brutal” da vacina na redução de mortes.

Um novo estudo publicado na semana passada na The Lancet concluiu que a vacinação não reduz o risco de transmissão da variante Delta, a mutação do vírus mais predominante em Portugal e em muitos outros países. Durante o pico da infecção, os vacinados têm uma carga viral parecida a quem não se imunizou. No entanto, essa carga diminui mais rápido e deixa os vacinados contagiosos durante menos tempo.

Segundo escreve o Expresso, a probabilidade de transmissão entre vacinados e não vacinados é de 25% e 23%, respectivamente, mas a inoculação garante que haja muito menos contágios no contexto doméstico, com 25% dos contactos com alguém vacinado a causarem infecção contra 38% para não vacinados.

O estudo em questão não tem em conta as diferentes vacinadas. O virologista e Presidente da Sociedade Portuguesa de Virologia, Paulo Paixão, adianta ao Expresso que “é possível” que as diferentes vacinas tenham um impacto distinto, mas sublinha que ainda “não há evidência clara sobre isso”.

Desta forma, a vacinação acaba por proteger quem a toma, mas caso alguém próximo não a tenha tomado, a sua vacinação não o vai proteger.

“Isto pode parecer um pormenor, mas realmente do ponto de vista de saúde pública pode ser importante. É mais uma cacetada na história da imunidade de grupo”, refere Paulo Paixão, que acrescenta que é devido à vacinação não ser suficiente que “mantemos as regras”.

Mesmo assim, é importante lembrar que tomar a vacina continua a valer a pena devido ao impacto brutal “na gravidade dos casos e na mortalidade”.

“Os casos devem aumentar agora com o inverno. A mortalidade não vai ser nada parecida com o que aconteceu no ano passado, mas vão aparecer uma série de casos. O que pensamos é que a mortalidade vai subir sobretudo à custa dos não vacinados. O vírus vai continuar a circular e efetivamente os não vacinados vão ter um risco bastante mais significativo do que o que se pensava inicialmente”, conclui.

ZAP //

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2 Comments

  1. Os não vacinados são os culpados pelo que refere a opinião do artigo…. mas se todos os não vacinados sucumbirem porque não estão “imunizados” (lolololol) a culpa será de quem? Daqueles que não tenham o último “reforço” não-obrigatório??? Os sacos azuis de antigamente são hoje bitcoins que adocicam a boca….

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