Está cientificamente provado: a crise dos 40 anos existe mesmo

4

DreamWorks Pictures

Kevin Spacey em “American Beauty” (1999)

Um estudo comprovou que a crise dos 40 anos existe. A satisfação de uma pessoa com a própria vida começa a diminuir com o início da idade adulta, chegando a ser ainda mais baixa entre os 40 e 42 anos. Depois disso, o nível de felicidade começa a aumentar novamente até os 70 anos.

Realizada pela Universidade de Warwick, na Inglaterra, a pesquisa é a primeira a monitorizar o bem-estar e a felicidade de milhares de pessoas em diferentes países ao longo da vida.

Os investigadores acompanharam a rotina de 50 mil adultos que viviam na Austrália, Inglaterra e Alemanha. Durante esse período, os participantes responderam a questionários sobre o grau de satisfação que tinham com a própria vida em diferentes fases.

Os resultados, que serão publicados no próximo número do Economic Journal, mostraram que o nível de felicidade e bem-estar de um indivíduo segue uma curva com o formato da letra U.

Ou seja, o grau de contentamento começa alto e, com a chegada da vida adulta, diminui progressivamente, até atingir a sua pior fase a partir dos 40 anos, voltando depois a a subir a partir dos 42 anos até à chegada aos 70 anos.

Segundo os investigadores, fatores externos como a quantidade de filhos e a cultura na qual estavam inseridos não alteraram os resultados.

Para o psicoterapeuta Phillip Hodson, estas descobertas corroboram com a observação de que a meia-idade pode ser um período extremamente agitado na vida de uma pessoa.

“A infância e a velhice podem ser consideradas, até certo ponto, momentos protegidos da vida. Na maioria dos casos, as pessoas têm menos responsabilidades.

Assim, os fardos recaem nas pessoas de meia-idade”, explica o psicoterapeuta ao jornal The Guardian.Elas estão a tratar dos filhos, dos pais e de si mesmas“.

Move

4 Comments

  1. Não dei por nada mas enfim. Não digo que não possa haver alguma tendência estatística para isso.

    De qualquer forma o que para mim ressalta neste artigo, é a forma abuysiva como se usa o termo “científicamente provado”. Isto é uma mera estatística (o que por si só não encerra o método científico) e ainda por cima com uma amostragem muito mal feita, com base em três dos países com maior desenvolvimento e abundância do mundo industrializado.

    Uma visão da realidade que além de ser muito parcial, não explica porque é que as coisas são nem demonstra nada científicamente. Defendendo-se disso, os autores dizem que “fatores externos como a quantidade de filhos e a cultura na qual estavam inseridos não alteraram os resultados.” – Dizem eles porque não quiseram fazer o estudo noutros meios, e a gente aceita como certo… Certo? Errado!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.