Cúmulo da crise na habitação? Canadiano poupa mais de 1.600 dólares ao apanhar voos em vez de alugar casa em Vancouver, onde estuda.
Para fintar os exorbitantes valores das rendas, um estudante universitário voa cerca de duas horas para poder assistir às aulas.
Em redor do campus da Universidade de British Columbia em Vancouver, no Canadá, onde Tim Chen frequentava, em outubro de 2022, o seu último ano, os preços de habitação tornaram-se demasiado elevados para o estudante de economia.
“Pensei: ‘Porque não fico em Calgary e depois voo para aqui? É um voo de uma hora, é o mesmo que apanhar um autocarro“, explicou o canadiano à CTV News., que se dá por grato por só ter de fazer a viagem duas vezes por semana.
Mas Chen nem sempre se deslocou pelo ar para a faculdade. Já tentou viver em Vancouver e chegou a alugar casa, mas desistiu após notar um enorme aumento da renda quando regressou das férias.
“Quando olhei para o preço da casa, pensei ‘bolas, houve um grande aumento! Preciso de pagar cerca de 2.500 dólares de renda, por isso não me parece que seja viável'”, contou, com contas para mostrar.
Um voo de ida e volta, sem escalas, de Calgary para Vancouver custa cerca de 111 dólares. Visto que o jovem só precisa de se deslocar duas vezes por semana para a Universidade, gasta apenas 890 dólares por mês e continua a viver com os pais. Além disso, poupa bastante tempo.
Uma viagem de carro ou camionete de Calgary até Vancouver — separados por cerca de 1000 km — duraria cerca de 10 horas. De avião, é cerca de 1h40 de viagem. “Tenho três horas de aulas no total. Depois das aulas, volto para o autocarro e regresso ao aeroporto”, detalha.
Em Vancouver, atualmente, um T1 custa cerca de 2.659 dólares dólares por mês, de acordo com o Zumper — é a cidade mais cara do Canadá para se viver. A renda média da cidade está a subir: estabelece-se nos 2.950 dólares mensais e só 4% das habitações estão disponíveis para arrendamento abaixo dos 1.500 dólares.
