Cientistas levaram a cabo 2880 simulações sobre o que aconteceria se uma estrela mudasse a órbita de Neptuno e alguns dos cenários incluem a destruição de planetas o choque da Terra com Marte.
Uma estrela vizinha do nosso Sistema Solar que se aproxime demasiado pode fazer grandes estragos.
De acordo com um novo estudo publicado Monthly Notices of Royal Astronomical Society, se uma estrela “roçar” em Neptuno e fizer com que o planeta se desloque em três Unidades Astronómicas (a distância entre o Sol e a Terra) para que todo o Sistema vire um pandemónio.
Os investigadores fizeram 2880 simulações sobre o que aconteceria se uma estrela passasse de raspão no Sistema Solar, mudando a força das perturbações no sistema dependendo da massa e da distância da estrela. Cada simulação abrangeu 4,8 mil milhões de anos depois do evento ou parou mais cedo de um planeta fosse destruído ou escapasse do Sistema Solar.
Os cientistas concluíram que a posição de Neptuno tem de mudar em 3 UAs, o que equivale a 0,1% da distância do planeta até ao Sol, para que todos os outros corpos que compõem o Sistema Solar entrem num caos autêntico. Tudo isto pode ser causado por uma estrela que passe a 37 mil milhões quilómetros de distância.
Das 2880 simulações, 960 causaram perturbações demasiado pequenas para serem medidas. Mesmo assim, dentro deste grupo, há quatro cenários onde Mercúrio acaba por chocar com Vénus, revela a New Scientist.
Das 1920 simulações restantes, a probabilidade de haver instabilidades era três vezes maior. 26 acabaram numa grande confusão, maioritariamente com colisões entre Mercúrio e Vénus, mas houve um cenário onde a Terra chocou com Marte e outros onde Urano, Neptuno ou Mercúrio foram expelidos para fora do Sistema. Como as simulações acabavam quando um planeta era destruído ou perdido, não podemos saber o que acontecia depois disso.
Estes efeitos devastadores não seriam imediatos e só teriam lugar milhões ou até milhares de milhões de anos depois da estrela passar perto de Neptuno, já que o nosso Sistema Solar é uma área relativamente vazia e com muito espaço. Só se prevê que uma perturbação deste género aconteça a cada 100 mil milhões de anos.