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Estrela massiva desapareceu sem deixar rasto (e ninguém sabe para onde foi)

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ESO/L. Calçada

Uma estrela massiva e particularmente brilhantes que os astrónomos observavam há décadas desapareceu dos céus sem deixar qualquer rasto.

Localizada perto da galáxia anã Kinman e com um brilho 2,5 vezes mais intenso do que o Sol, esta estrela desapareceu depois de uma década de monitorização. Em 2019, os astrónomos foram verificar o astro, mas este tinha desaparecido.

A cerca de 75 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Aquário, a galáxia Kinman está longe demais para que os astrónomos possam observar estrelas individuais, nota o Sapo Tek. No entanto podem ser detetadas as assinaturas de alguns destes corpos, como foi o caso desta estrela brilhante que desapareceu.

O desaparecimento é um caso incomum, tal como refere o Gizmodo, que nota, contudo, que os especialistas têm duas explicações possíveis para justificar o desaparecimento – apesar de ninguém saber ao certo o que tirou esta estrela da “vista” dos telescópios.

De acordo com um novo estudo, cujos resultados foram esta semana publicados na revista Monthly Notices da Royal Astronomical Society, há dois cenários possíveis: a estrela pode ter diminuído drasticamente o seu brilho, sendo também obscurecida por uma nuvem de poeira ou, no segundo cenário, o mais estranho, pode ter morrido e ter-se transformado num buraco negro sem explodir numa supernova.

A confirmar-se o segundo cenário, esta seria apenas a segunda estrela já registada a tornar-se num buraco negro sem explodir numa supernova, frisa o portal Science Alert.

“Podemos ter detetado uma das estrelas mais massivas do Universo local a entrar suavemente na escuridão“, disse o astrofísico e co-autor do estudo Jose Groh, do Trinity College Dublin, na Irlanda.

Seja qual for o cenário que explique o fenómeno, os cientistas perderam uma oportunidade de atualizar os modelos baseados nesta estrela. Ainda assim, sublinha o Gizmodo a oportunidade de investigar uma estrela “desaparecida” compensa a perda inicial.

Todos ficamos agradavelmente surpresos ao descobrir que a assinatura da estrela não estava presente na nossa primeira observação (…) Inicialmente, esperávamos uma observação de alta resolução que se assemelhasse às observações anteriores”, disse ao portal Gizmodo Andrew Allan, autor principal do estudo.

ZAP //

 

 

 

 

 

2 Comments

  1. Foi dar uma curva para outras paragens, possivelmente até já andaria a espreitar a balburdia que vai aqui na Terra e desiludida mudou de local.

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