Universal Pictures
“As 50 Sombras de Grey” tornou-se no recorde de bilheteira de 2015, ultrapassando o filme mais lucrativo de sempre, “Avatar”, no ranking das estreias mais assistidas de sempre, em Portugal. No entanto, há quem anteveja uma queda nos números durante os próximos dias e semanas.
A adaptação cinematográfica do romance erótico e E. L. James gerou receitas mundiais de 218 milhões de euros – 837 mil em Portugal – no primeiro fim-de-semana em exibição e é o recorde de bilheteira de 2015. No Reino Unido é o filme para maiores de 18 anos com a estreia mais lucrativa de sempre. Nos Estados Unidos a terceira. Em Portugal, teve 160 mil espectadores no passado fim-de-semana e ultrapassou o filme “Avatar”.
No ranking do Instituto do Cinema e do Audiovisual, “50 Sombras de Grey” ocupa a 16ª posição na tabela das melhores estreias de sempre em Portugal por número de espectadores. “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” (2008) ocupa o primeiro lugar com uma assistência de 224 893 nos primeiros dias, seguido do filme “Twilight – Amanhecer: Parte 2” (2012) – com 217 301 espectadores – e “Madagáscar 2” (2008) – com 204 989. Segundo a Variety, desde a estreia, cerca de 300 mil pessoas descarregaram ilegalmente uma cópia de baixa qualidade do filme, aparentemente gravada com câmara num cinema.
Os fãs da trilogia erótica asseguravam o sucesso do filme, no entanto isso não serve, por si só, para justificar os resultados dos primeiros dias. Comparando, o filme “Twilight” teve uma quebra, nos Estados Unidos, de 40,8% no segundo dia de cartaz. As “50 Sombras de Grey” registou uma subida de 51%, avança o Público. A Associated Press escreve que, tendo em conta o cenário, a mudança da data de estreia para o Dia dos Namorados foi uma jogada de mestre da produtora Universal.
“Este é o único fim-de-semana em todo o ano em que os homens vão ver um filme que não querem ver. As outras 51 semanas são um pouco diferentes”, argumentou à agência Gitesh Pandya, editora do site Box Office Guru. Mesmo assim 68% dos espectadores são do sexo feminino.
Os primeiros resultados deixam claro à produtora que vale a pena avançar para a adaptação dos restantes dois volumes da trilogia, no entanto, as críticas de que o filme tem sido alvo e a desilusão dos espectadores com as cenas de sexo cortadas na adaptação cinematográfica podem levar a uma quebra nos números até agora alcançados.
“Antecipo um grande declínio e uma erosão rápida nos dias e semanas que se seguem. Este [filme] não terá muita capacidade de resistência para continuar”, defendeu Gitesh Pandya.
/Lusa
