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Estoril vs Benfica | Salvio em cima do gongo

O Benfica arrancou um suado triunfo por 2-1 na visita ao Estoril Praia. A formação benfiquista marcou primeiro, foi superior no primeiro tempo, mas no segundo, os “canarinhos” deram a volta ao texto e justificaram o 1-1, que subsistiu até aos descontos.

Porém, aos 92 minutos, Eduardo Salvio surgiu na área a cabecear e a dar os três pontos à formação “encarnada”, que mais uma vez realizou uma segunda parte muito aquém das expectativas, tal como havia acontecido na jornada anterior, no “clássico” com o FC Porto.

O Jogo explicado em Números

  • Entrada determinada do Benfica em campo, com 57% de posse e os únicos dois remates do encontros nos primeiros dez minutos (desenquadrados), ambos da autoria de Raúl Jiménez. Mas foi Rafa Silva quem marcou, precisamente em cima do décimo minuto, lançado por Zivkovic, com um passe rasgado. O extremo fugiu à marcação e bateu Renan Ribeiro, à saída deste.
  • A toada de jogo manteve-se, aumentando as “águias” o seu domínio para 60% de posse por volta dos 20 minutos, perante um Estoril expectante. Os três únicos remates eram do Benfica, o único enquadrado foi o do golo.
  • Os primeiros dois remates (ambos desenquadrados) do Estoril surgiram dentro do minuto 27, ambos por Allano, numa altura em que os “encarnados” somavam já cinco e registavam 66% de posse. Os visitantes trocavam a bola com um certo à-vontade, atingindo os 86% de eficácia de passe por volta da meia-hora.
  • Dos seis remates benfiquistas perto do intervalo, cinco aconteceram dentro da área estorilista. Jiménez, com três disparos, mas apenas um enquadrado (um cabeceamento fraco à figura de Renan), era o jogador mais rematador, apesar de só ter quatro acções com bola na área contrária até esta altura.
  • Primeiro tempo de domínio claro do Benfica, reflectido no golo de Rafa obtido aos dez minutos. As “águias” remataram sete vezes, duas enquadradas, para apenas três tentativas (sem a melhor direcção) dos homens da casa, e registavam 66% de posse de bola ao intervalo.
  • Nesta fase, o autor do golo, Rafa Silva, era o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.6. O extremo fez um golo em dois remates e foi, juntamente com André Almeida, o jogador mais carregado em falta (3).
  • Reentrada em grande do Estoril, que chegou ao golo logo aos 50 minutos, por Allano. Porém, o lance foi anulado por fora-de-jogo do avançado, após análise do vídeo-árbitro. Ainda assim, os homens da casa registavam, nos primeiros dez minutos após o reatamento, incríveis 74% de posse e 84% de eficácia de passe.
  • Aos 58 minutos, no entanto, Rafa isolou-se, novamente a passe de Zivkovic, num lance em tudo semelhante ao do golo madrugador, mas desta feita, o extremo voltou a mostrar uma das suas grandes fraquezas, a finalização, e desperdiçou uma ocasião flagrante frente a Renan.
  • A tendência, porém, pendia para o lado estorilista, que acabaria mesmo por chegar ao empate. Na sequência de um livre da esquerda, a bola passou por toda a gente e caiu, ao segundo poste, nos pés de Halliche, que marcou assim pela segunda jornada consecutiva. Tento que surgiu ao segundo remate (ambos enquadrados) dos “canarinhos” na segunda parte.
  • Aos 67 minutos, Lucas Evangelista trabalhou bem na esquerda e rematou, com a bola a desviar num benfiquista e a esbarrar no poste esquerdo da baliza de Bruno Varela. O ascendente dos da casa no segundo tempo mantinha-se, com a posse de bola a chegar aos 54% aos 70 minutos. Enquanto isso, Rafa desperdiçara, pouco antes, mais uma excelente oportunidade.
  • Perto do fim, o Benfica já havia retomado o controlo do jogo, com 51% da posse de bola, mas a falta de inspiração e tranquilidade ofensiva era por demais evidente. Até aos 92 minutos, quando o jogo ficou decidido. Grimaldo arrancou um cruzamento da esquerda e Salvio surgiu na grande área a cabecear para o 2-1.

O Homem do Jogo

Grande sofrimento benfiquista na Amoreira. E no meio de tanta ansiedade patente na equipa de Rui Vitória, um jogador sobressaiu em relação a todos os outros pela tranquilidade: Zivkovic.

O sérvio manteve sempre a calma e compostura, mesmo nos momentos de menos clarividência da equipa, e arrancou um GoalPoint Rating de 7.1. Nos três passes para finalização que fez, dois foram para ocasiões flagrantes, e um foi mesmo assistência, para o 1-0.

O pequeno médio teve ainda sucesso em cinco de oito tentativas de drible, colocou 11 vezes a bola na área contrária e foi o segundo jogador com mais acções com bola: 81.

Jogadores em foco

  • Rafa Silva 7.0 – O que dizer de Rafa? Acabou por ser o segundo melhor em campo com base no seu desempenho estatístico, mas continua a evidenciar momentos totalmente contrastantes. Ora rasga uma defesa com técnica refinada e velocidade estonteante, como de seguida decide mal e falha golos aparentemente fáceis. Na Amoreira marcou um golo, ofereceu uma ocasião a Zivkovic, somou dois dribles completos, cinco remates, três deles enquadrados, mas falhou vários golos fáceis.
  • Halliche 6.8 – O defesa-central foi o melhor do Estoril no jogo. Pela segunda jornada consecutiva marcou para a sua equipa, naquele que parecia dar um ponto aos “canarinhos”. Na retaguarda, Halliche realizou oito alívios e três intercepções.
  • Renan Ribeiro 6.6 – Bom jogo do guardião brasileiro do Estoril, que nada podia fazer nos tentos benfiquistas. O brasileiro realizou cinco defesas, todas a remates realizados na sua grande área.
  • Raúl Jiménez 6.1 – Jogo esforçado do mexicano, porém, pouco feliz. O ponta-de-lança foi o mais rematador da partida, com seis disparos, dois deles enquadrados, e ajudou na retaguarda, com quatro acções defensivas. Mas pouco mais.
  • Eduardo Salvio 6.1 – O argentino foi verdadeiramente decisivo. Esteve em campo apenas 23 minutos, o suficiente para marcar o golo do triunfo benfiquista, no único remate que realizou. Rafa tem muito a aprender com Salvio.

Resumo

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