Foi no último suspiro que o Estoril travou as “águias” e tirou a liderança da Liga Bwin aos comandados de Jorge Jesus.
O Benfica vencia por um magro um 0-1, foi desperdiçando diversas situações de ataque e foi punido num dos raros remates enquadrados dos “canarinhos”, mérito de Rosier, que foi mais felino e anulou o tiro madrugador de Lucas Veríssimo.
Seria impossível pedir melhor. Logo na primeira incursão ofensiva, o Benfica ganhou um canto, João Mário centrou a preceito e Lucas Veríssimo nas alturas cabeceou a contar, inaugurando o marcador.
As “águias” dominaram as incidências, embora tenham permitido algumas aproximações perigosas dos “canarinhos”, que pecaram no momento da decisão tendo apenas feito dois remates (todos desenquadrados).
Por sua vez, os visitantes chegaram ao final dos primeiros 46 minutos com nove tiros ao alvo (quatro enquadrados), 12 acções com a bola na área contrária e 58% da posse.
Autor do golo que fazia a diferença, Lucas Veríssimo era o elemento com melhor nota: 6.4. Realce, além do tento, para os três passes aproximativos, 25 acções com a bola e duas recuperações que contabilizou o brasileiro.
Se na última jornada ante o Vizela, o golo da vitória ocorreu nos últimos segundos, desta feita os “encarnados” viram o adversário festejar.
Apesar de ter tido mais volume atacante – apenas aos 52 minutos é que os anfitriões enquadraram o primeiro remate –, o Benfica foi perdulário, voltou a não saber controlar o ritmo da partida e só piorou à medida que Jorge Jesus foi mexendo no “puzzle”fd.
A equipa perdeu gás após o triunfo diante do Barcelona e isso tem sido evidente. Nos últimos seis duelos, venceu apenas em duas ocasiões, sendo que numa delas precisou do prolongamento para levar de vencida o Trofense.
A formação da Linha foi conseguido aguentar o 1-0 e teve o mérito de nunca se ter desorganizado. Contabilizadas dez jornadas, apenas perderam por uma vez, frente ao campeão Sporting.
Melhor em Campo
Lucas Veríssimo é, neste momento, o jogador do Benfica com melhor rendimento, veloz nas dobras e importante na construção de lances ofensivos, o central vai ajudando a equipa como consegue.
Esta noite marcou num dos dois remates que fez (ambos enquadrados), realizou oito passes aproximativos, recuperou a posse cinco vezes, amealhou seis alívios, três acções com a bola na área do Estoril e bloqueou dois passes/cruzamentos do opositor.
O camisola 4 foi o MVP com um GoalPoint Rating de 7.2.
Destaques do Estoril
Rosier 6.9 – Certeiro nas alturas, conseguiu um importante ponto para o conjunto estorilista. Além do golo, foi autor de dois remates, três acções defensivas no meio-campo adversário, quatro desarmes e duas intercepções.
Lucas Áfrico 6.5 – Foi o primeiro jogador da equipa a enquadrar um remate. Ainda ameaçou o empate outra tentativa perigosa (72′) e já antes foi fundamental ao tirar o “pão da boca” de Darwin aos 50 minutos.
Dani Figueira 6.3 – Sem culpas no golo sofrido, foi chamado a testar os reflexos, respondendo com seis intervenções, metade das quais em remates fora da área.
Destaques do Benfica
João Mário 6.7 – Está a ser espremido por JJ, mas percebe-se o porquê. Pauta o jogo da equipa, assiste (centrou para golo de Veríssimo e ainda mais quatro passes para finalização), recuperou a posse em cinco ocasiões e fez dois desarmes.
Vertonghen 6.6 – O belga sai de cena com dois remates, 76 acções com a bola, três desarmes e três alívios.
Grimaldo 5.6 – Outro dos jogadores que não tem um substituto à altura. O espanhol foi esticando jogo pelo lado canhoto e gizou cinco passes valiosos, dois passes para finalização, quatro alívios e quatro passes aproximativos.
Gonçalo Ramos 5.6 – Entrou ao intervalo e aproveitou a oportunidade, dando outra inteligência e movimentação ao ataque “encarnado”. A realçar os dois remates, nove passes aproximativos recuperados (máximo no jogo), três conduções aproximativas e cinco recuperações.
Yaremchuk 5.6 – O ucraniano não estava a jogar mal, apesar de só ter actuado na primeira parte com um remate, um passe de ruptura e quatro passes aproximativos recuperados.
Weigl 5.5 – O alemão esteve muito em jogo, com 58 acções com a bola, dois remates, três recuperações e apenas um passe falhado em 47 feitos – eficácia de 98%.
Rafa 5.5 – É quem dá outra acutilância e imprevisibilidade ao jogo dos benfiquistas. Em 79 minutos acumulou sete passes valiosos (máximo no duelo), dois remates e quatro acções com a bola na área estorilista.
Otamendi 5.4 – Falhou quatro passes de risco, venceu apenas um dos duelos aéreos defensivos em que participou, consentiu dois dribles, tendo ainda feito três intercepções.
Darwin Núñez 5.3 – Tivesse outra frieza quando tem de decidir o momento certo para rematar ou passar a bola aos colegas e estaria num patamar ainda mais elevado. Assim, vai vivendo numa “montanha-russa” durante as partidas, ora protagoniza lances de levantar os estádios, ora falha o mais básico – 11 perdas de bola em 20 posses.
Resumo
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