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Estado quer emitir até 13 mil milhões de euros de dívida

O Estado deverá emitir entre 11 a 13 mil milhões de euros em dívida de médio e longo prazo, e planeia emitir entre 2.000 e 2.500 milhões de euros em dívida de curto prazo em Fevereiro e Março.

De acordo com o programa de financiamento hoje divulgado pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, as necessidades de financiamento líquidas do Estado rondam os 11,8 mil milhões de euros este ano.

Este financiamento será conseguido, para além da ajuda financeira da ‘troika’, através da emissão de entre 11 e 13 mil milhões de euros de dívida a médio longo prazo, com leilões ou mais operações sindicadas de obrigações do tesouro, cujo calendário ainda não é divulgado.

O Estado vai ainda recorrer a emissões de Bilhetes do Tesouro (legalmente com prazos entre os 3 e os 18 meses), mas estas deverão ter um impacto nulo, ou seja, deverão servir apenas para refinanciar dívida de curto prazo já emitida.

O calendário de leilões hoje divulgado comporta apenas os três primeiros leilões que deverão ocorrer no primeiro trimestre do ano.

O primeiro foi realizado já hoje, com Portugal a colocar o montante máximo a que se propunha (1,25 mil milhões de euros) e a pagar cerca de metade dos juros (menos de metade na dívida a três meses e pouco mais de metade na dívida a 12 meses).

Estão marcados já dois leilões, um deles para 19 de Fevereiro e o outro para 19 de março. Estes dois leilões têm o mesmo montante indicativo que a operação de hoje, entre os 1.000 e os 1.250 milhões de euros cada um, e serão realizados através da reabertura de linhas com maturidade a 3 meses e do lançamento de novas linhas a 12 meses.

Portugal já realizou na semana passada uma operação sindicada para colocar dívida a cinco anos no mercado, conseguindo arrecadar 3,25 mil milhões de euros e pagando uma taxa de juro de 4,657%.

A procura por esta dívida foi de cerca de 11,2 mil milhões de euros para os 3,25 mil milhões de euros colocados, mais de 3 vezes a oferta, sendo a dívida comprada na sua grande maioria por investidores estrangeiros.

A dívida foi colocada na linha de Obrigações do Tesouro que vence em Junho de 2019.

/Lusa

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